No entender da governante não há margem para dúvidas: ‘A agricultura é basilar para o nosso desenvolvimento económico, social e também ambiental’. E lembra que foi importante nesta altura colocar liquidez às empresas para que a cadeia pudesse funcionar e não faltassem alimentos seguros em qualidade e em quantidade para alimentar os portugueses.
A pandemia afetou a agricultura. Até que ponto o setor foi atingido?
Esta pandemia afetou todos os setores da atividade económica em Portugal e no mundo. Afetou a vida de todos os portugueses e claramente teve consequências para todo o complexo agroalimentar. Por um lado, sentimos que partimos de um ponto bastante positivo porque, em fevereiro, o peso da agricultura e do complexo agroalimentar enquanto recurso endógeno produtor de bens transacionáveis representava 3,9% do VAB [valor acrescentado bruto] na economia e 10,7% do emprego total. Embora sejam números que pareçam incipientes porque quando olhamos para as exportações, onde nessa altura as exportações representavam 7,2% e as importações um pouco mais, 11,3%, sendo que, nos últimos 10 anos as exportações cresceram a um ritmo de 5,1% ao ano enquanto as importações diminuíram a um ritmo completamente diferente, 2,9%. Isto significa que, nos últimos 10 anos, tendemos a equilibrar a nossa balança comercial. Mas já focando no período pandémico, quando olhamos para os dados das exportações do INE [Instituto Nacional de Estatística], de março, percebemos que há uma quebra muito significativa de todos os […]
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