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– 04-06-2004 |
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Ambiente : Quercus acusa IEP de estar a promover abate de centenas de árvoresLisboa, 03 Jun O presidente da Quercus, Hélder Spínola, disse à Agência Lusa que vários activistas da associação constataram nas bermas de algumas estradas nacionais que o IEP estava a preparar o abate de centenas de árvores. "Junto à barragem de Montargil, na estrada nacional 2, já há mesmo árvores cortadas e vi, inclusivamente, um camião que já estava a recolher troncos", contou. Hélder Spínola afirmou que "pelo menos" as Direcções de Estradas de Santarém e de Portalegre do IEP promoveram concursos públicos para que algumas empresas se candidatassem ao abate de árvores nas estradas nacionais. "O argumento foi o de que as árvores estavam doentes ou representavam um perigo potencial para a segurança rodoviária. Mas nem uma nem outra coisa acontecia. As árvores estavam em boas condições de saúde e não constituíam qualquer perigo para quem seguisse na estrada", referiu Hélder Spínola. Segundo os ambientalistas, só no distrito de Santarém existem centenas de árvores marcadas para abate, desde carvalhos, freixos, plátanos, eucaliptos e até azinheiras e sobreiros, espécies consideradas protegidas. A Quercus supõe que este abate de árvores tenha sido usado para trazer uma mais-valia financeira ao IEP. "É apenas uma suposição, mas pensamos que com a adjudicação do corte de árvores, a empresa responsável pelo abate pague ao IEP o dinheiro da madeira", calculou Hélder Spínola, adiantando que tentou obter alguma resposta do IEP, que nunca chegou. No entanto, a Quercus diz que a Direcção de Estradas de Portalegre lhe confirmou que estava a sujeitar a concurso público o abate de árvores. Hélder Spínola reconhece que, sendo as estradas da jurisdição do IEP, o Instituto pode promover o abate de árvores, mas reclama que a lei seja alterada. "A Quercus pede uma alteração desta situação. Deveria ser obrigatória ter uma fundamentação técnica para o abate de árvores que ficasse dependente de uma entidade com especialistas na matéria, como por exemplo a secretaria de Estado das Florestas", referiu à Lusa. Contactado pela Agência Lusa, o Instituto das Estradas de Portugal remeteu para mais tarde um eventual comentário às acusações feitas pela Quercus.
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