Chuvas de Fevereiro deixaram as albufeiras portuguesas bem abastecidas. No Alqueva, há praticamente a mesma quantidade de água que os espanhóis conseguiram armazenar no seu lado da bacia do Guadiana.
A chuva do Inverno que agora acabou deixou Portugal numa situação confortável em relação à água que guardou nas suas barragens. No Sul, onde há sempre mais preocupações com a disponibilidade hídrica, o Guadiana foi generoso em território português e até o Sado deixa os utilizadores um pouco mais sossegados do que tem sido hábito nos últimos anos.
A Primavera está a começar e as contas à água represada na bacia internacional do Guadiana, estão feitas. No dia 22 de Março, a soma do volume de água existente nas 34 barragens instaladas em território espanhol, atingia os 3.884 milhões de metros cúbicos, quando podem receber 9.438 milhões de metros cúbicos de água. No mesmo dia, nas nove albufeiras instaladas na bacia hidrográfica em território português, a reserva de água atingia os 4.133 milhões de metros cúbicos, superando em quase 250 milhões de metros cúbicos o volume concentrado na bacia espanhola. Das nove barragens distribuídas por esta bacia do Guadiana, cinco atingiram o nível de pleno enchimento (100%).
Só na albufeira do Alqueva, a disponibilidade hídrica era praticamente idêntica à que se observa no outro lado da fronteira: 3.780 milhões de metros cúbicos, 91% da sua capacidade máxima de 4.150 milhões de metros cúbicos.
O contraste é ainda mais flagrante em relação às maiores barragens espanholas instaladas na bacia do Guadiana: La Serena, “o Alqueva espanhol”, tem apenas 19% quando pode armazenar 3.219 milhões de metros cúbicos. Cijara está nos 33,7% da sua capacidade máxima de 1.505 metros cúbicos e a albufeira de Alange com 24,2% dos 878 milhões de metros cúbicos que pode armazenar. Estas três barragens