A falta de partilha de conhecimento entre a investigação e os agricultores é um dos maiores entraves à evolução técnica e tecnológica que permita desenvolver uma agricultura mais sustentável.
O desenvolvimento sustentável, com base na preservação e recuperação do capital natural, com o intuito de aumentar a absorção de CO2, e a promoção da economia com base no respeito de princípios favoráveis à biodiversidade são alguns dos principais compromissos da estratégia da União Europeia para a próxima década.
No nosso país, na apresentação “Terra Futura – Agenda da Inovação para a Agricultura 2030”, realizada no passado dia 11 de setembro pela Ministra da Agricultura, salientou-se a importância do crescimento da agricultura através da inovação, o papel do cidadão por via da consciencialização com a alimentação, a proteção do planeta e a conservação dos recursos naturais, bem como o papel do Estado na promoção e apoio à agricultura.
Foram também elencados os grandes desafios com os quais a agricultura se depara atualmente, como as alterações climáticas, a escassez de recursos naturais, a alteração dos padrões de consumo, o envelhecimento da população e o despovoamento nas zonas rurais. Reconhecemos que, para que estes desafios possam ser vencidos, é necessária uma colaboração multissectorial, na qual a agricultura terá um papel fundamental como elemento agregador, mas não poderá ser o único ator a intervir.
O Ministério da Agricultura assumiu, ainda, o aumento em 60% das verbas em investigação e desenvolvimento. É agora necessária atenção redobrada na implementação destas medidas, de modo a garantir que todo o investimento atinja o seu propósito e que realmente se traduza em mais sustentabilidade e mais rendimento para os agricultores.
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