O paradoxo é claro. A comédia dantesca. Estamos histéricos com as alterações climáticas e promovemos soluções que agravam o problema.
Há impostos que são incontornáveis. Outros são impostos sobre a ignorância. Um desses impostos é pago na aquisição de alimentos biológicos, habitualmente mais caros que os convencionais e sem qualquer vantagem para a saúde do consumidor ou para o ambiente. Pior… todas as vantagens enaltecidas pelos promotores da agricultura biológica são, na realidade, desvantagens quando comparados com a agricultura convencional.
Primeiro, é preciso compreender que a agricultura biológica é um conceito filosófico, desligado da ciência. Tal não fosse que descartam à partida, independentemente das vantagens ou desvantagens destas tecnologias, a utilização de pesticidas sintéticos, fertilizantes sintéticos, organismos geneticamente modificados e nanotecnologia. Ser sintético ou natural nada esclarece sobre as vantagens, desvantagens, eficácia ou segurança das ferramentas agrícolas a serem avaliadas. Logo, agricultura biológica é, por definição, um conceito fundamentalista e anti-científico.
Por outro lado, a agricultura convencional avalia todos os instrumentos ao dispor por forma a aumentar a eficiência e segurança da produção alimentar. E tem vindo a implementar várias formas de produção originárias da agricultura biológica, que demonstraram benefícios após serem devidamente estudadas. Utilizando um clichê velho e gasto, “têm mente aberta”.
Falemos sobre o ambiente…
Um dos mantras exaustivamente promovido pelo lobby biológico é que a agricultura biológica é melhor para o ambiente. No entanto, a realidade teima em não validar […]
Continue a ler este artigo no Público.
Resposta ao artigo de opinião “Agricultura biológica é pior para o ambiente” de João Júlio Cerqueira e seus constantes ataques à esta agricultura – Denis Kern Hickel