A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) analisou a qualidade das águas dos rios em Portugal e concluiu que estas têm-se deteriorado nos últimos anos. Atualmente, e segundo os dados recolhidos referentes a 2018, só 46% das massas de água foram classificadas com “bom”. Em 2015, essa percentagem era de 53%. No entanto, Portugal “está na média europeia”, lembrou ao JN o vice-presidente da APA, Pimenta Machado.
O responsável elenca as possíveis razões para o declínio da qualidade das águas: “o período de seca que se fez sentir” em várias regiões e a “intensificação da agricultura”. A região hidrográfica que mais qualidade ganhou nas suas massas de água foi a das Ribeiras do Algarve, apesar do grave problema de seca atual. As regiões hidrográficas do Tejo, Douro e Vouga foram as mais afectadas. No caso do rio Tejo, apenas um terço do rio está “bom”, quando o objetivo traçado para o próximo ano está situado nos 72%.
Pimenta Machado indicou que a avaliação em questão não foi a tempo de aferir as medidas definidas e entretanto implementadas do Plano de Gestão de Região Hidrográfica, atualmente em vigor. A nível nacional, a meta definida é que 76% das massas de água nos rios portugueses sejam “boas” já no próximo ano.