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– 30-05-2011 |
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Veados estáo a tornar-se numa praga para os agricultores de MontesinhoO veado está a tornar-se numa praga para os agricultores da zona da Lombada, no Parque Natural de Montesinho (PNM), que revelam uma aversão crescente pela esp�cie apontada como respons�vel por avultados preju�zos nas culturas. �Estamos castigados�, garantiu � Lusa um grupo da aldeia de Caravela (Bragan�a), enumerando os danos causados por estes animais selvagens que dizem ser em cada vez mais e mais próximo das povoa��es. �Ainda hoje me chateei bem. Fui lavrar as oliveiras e j� come�aram a esfolar as mais pequenas�, queixa-se Luciano Preto, referindo-se �s marcas deixadas nos troncos com as hastes. O irm�o Adriano j� nem quer falar em rela��o ao �p�o� (cereal). �H� dias eram cinco ou seis deitados no campo�, contou. H� cada vez mais agricultores a contar experi�ncias id�nticas em diferentes culturas, mas garantem que qualquer automobilista que passe na estrada da Lombada pode ter a mesma experi�ncia. ��s cinco e meia ou seis da manh�, se passar na estrada v� grupos�, garantem. Victor Rom�o Também teve uma m� experi�ncia quando h� dois anos viu a produ��o de centeio da fam�lia reduzida de 12 mil quilos para 1500 e o n�mero de fardos de palha de 900 para 90. �Foi o veado que comeu o cereal ao come�ar a rebentar�, assegurou. A fam�lia de V�tor participou o caso e recebeu uma �indemniza��o de 900 euros� que, segundo disse, �não deu para os preju�zos�. �não demora muito ainda h�o-de vir para casa�, ironiza Luciano que, no mesmo tom, disse j� se ter lembrado de lhes construir uma loja s� para eles, �com cereal e uma porta autom�tica para entrarem e sa�rem�. �Ficavam mais baratos�, brincou. O veado � o que �d� mais preju�zo� segundo dizem, mas �h� cada vez mais bicharada nesta zona�, afirmam corroborados pelo vizinho da aldeia de são Juli�o, Eduardo Veigas que encontra uma explica��o no abandono da agricultura e no despovoamento. �H� mais animais selvagens porque h� mais monte. não h� terra lavrada, s� se v� monte�, disse e os animais acabam por se aproximar mais das povoa��es � procura de alimento. Os veados, garantem, come�aram a aparecer mais �h� dez anos a esta parte, antigamente ouvia-se falar deles mais para Rio de Onor, para o p� de Espanha�. Os povoamentos da esp�cie feitos do outro lado da fronteira podem ser a justifica��o para o aumento dos exemplares na raia portuguesa. Para Maria da Gra�a Branco, de 74 anos, e Etelvina Reis, de 79 anos, que sempre viveram da terra, subsiste outra versão. �S� foi desde o parque (a criação do PNM). At� disseram que tinham trazido uma parelha para c�, contam. Etelvina diz que até �as carvalheiras lhe esfolam� e, em matéria de preju�zos garantem que s� encontram paralelo no javali, de que toda a vida ouviram falar. Um �bicho inteligente�, segundo dizem, que destr�i batatais, vinhas, campos de milho e s� quando j� t�m fruto. �não as tombam enquanto não t�m semente, s� depois. Eles sabem quando estáo bons para comer�, dizem. �Desbagam as uvas e d�o cabo delas. A gente está todo o ano a trabalhar e na colheita j� não tem nada�, queixa-se Etelvina, continuando: �se caem num batatal, furam tudo, remexem para comer as baratas�. O javali faz o mesmo ao �p�o� (cereal): �anda ao redor, junta as espigas e come-as. O milho tomba e depois come a espiga�. E nem as castanhas escapam quando os ouri�os se desprendem das �rvores e caem ao ch�o. �Antigamente, na nossa juventude não ouv�amos falar do veado. Lobos e raposa era o que se andava sempre a ver. Eles fugiam, nunca fizeram mal�, contaram. Fonte: Lusa
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