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– 10-06-2011 |
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BAD: Protestos aumentam quando "maioria das pessoas se deita com fome"
A escassez de alimentos de primeira necessidade, agravada pelos elevados pre�os alimentares, levar� "inevitavelmente" a um aumento da contesta��o pol�tica e viol�ncia no continente, alertou um respons�vel pelo sector da agricultura do Banco de Desenvolvimento Africano (BAD). "Quando a maioria das pessoas se deita com fome, elas manifestam-se mais rapidamente. Vimo-lo durante a crise alimentar em 2008, altura em que dispararam os protestos em v�rios países africanos, e, recentemente, assistimos a esse fen�meno nos países �rabes", afirmou Touba Bedingar, um dos respons�veis pelo sector da agricultura no BAD. Em entrevista � agência Lusa � margem da assembleia-geral daquela instituição, que hoje encerra em Lisboa, Bedingar lembrou que a "volatilidade excessiva" dos pre�os dos alimentos afecta "principalmente" os países africanos que "não produzem o suficiente e por isso são obrigados a importar alimentos". "Os elevados pre�os alimentares arrastam as pessoas para uma ainda maior pobreza e, ao mesmo tempo, tornam-nas mais vulner�veis em termos de Saúde e menos produtivas, e isso reflecte-se no crescimento econ�mico, e pode Também gerar viol�ncia", lembrou. Depois de terem atingido o pico, na segunda metade de 2008, os pre�os internacionais dos alimentos baixaram, mas rapidamente voltaram a registar aumentos significativos em 2009 e, sobretudo, no decorrer de 2010, com destaque para o trigo e o milho. Na origem dessa subida, segundo o relatério do BAD "Perspetivas Económicas em �frica 2011", estáo causas como o crescimento da procura global, as dificuldades de fornecimento, o aumento significativo do pre�o do petr�leo, mas Também a "especula��o dos mercados financeiros". A estes factores, salientou Touba Bedingar, acresce o "crescente impacto que condi��es climatéricas adversas t�m na produ��o agr�cola" em �frica, mas Também nos principais países produtores. Bedingar lembrou que em 2010 as m�s condi��es atmosf�ricas afectaram a produ��o agr�cola em países africanos como o Benim, Madag�scar, Marrocos, Mo�ambique, Tun�sia e Zimbabu�. J� do lado da oferta, o clima desfavor�vel fez sentir-se em países produtores importantes como o Brasil, onde a seca teve um forte impacto na produ��o de a��car. Também devido � seca, a Rússia proibiu em as exporta��es de cereais, diminuindo a oferta nos mercados internacionais, lembrou. A curto prazo, alertou o especialista, as solu��es contra a subida dos pre�os alimentares são "muito escassas" porque "não se pode produzir mais comida de um momento para outro". "A longo prazo a �nica solu��o passa por uma maior investimento na produtividade do sector agr�cola em �frica, e noutros factores essenciais como na irriga��o dos campos, melhoramento das sementes, fertilizantes, etc.", advogou. Com uma crise alimentar e pre�os elevados, o especialista do BAD Também defendeu que os governos africanos devem criar "subsídios direccionados para os mais vulner�veis", em vez de disponibilizarem subven��es para alimentos e combust�veis ao grosso da popula��o. Fonte: Lusa
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