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   Mant�m-se       problemas estruturais da floresta        Logo, inc�ndios florestais de 2003 e 2005 podem repetir-se       assim que surjam condi��es climatéricas id�nticas�  
Depois       dos grandes inc�ndios de 2003 e 2005 em que arderam respectivamente 422 e       338 mil ha, pouco ou nada se alterou, em termos estruturais, na Floresta       Portuguesa de forma a impedir que, em condi��es climatéricas extremas,       não se volte a repetir a destrui��o a que assistimos nesses anos e que a       mem�ria tende a apagar. 
Isso       mesmo ficou claro nestes �ltimos dez dias, em que uma subida de       temperatura e algum vento trouxeram novamente os grandes e destruidores       inc�ndios a lavrar fora de controlo e durante v�rios dias, apesar dos       enormes meios de combate destacados para o ataque �s chamas. 
A       situa��o levou mesmo o Governo Portugu�s a activar o "Mecanismo       comunitário de Protec��o Civil" no sentido de obter ajuda no       combate aos inc�ndios florestais por parte de outros países europeus. 
Assumem       até propor��es de catéstrofe e drama os inc�ndios sucessivos que       queimaram floresta, culturas e outros bens em quase todo no concelho do       Sabugal, com as Popula��es a serem verdadeiramente sacrificadas. 
A       CNA reclama ao Governo o imediato e completo levantamento dos preju�zos       com vista � atribui��o de apoios, excepcionais e de emerg�ncia, quer       para reconstitui��o de infra-estruturas e bens afectados quer para       relan�amento de actividades. No caso dos Agricultores, e entre outras       ajudas estruturantes, os Produtores Pecu�rios necessitam que lhes seja       fornecida a alimenta��o animal. 
No       contexto mais geral, a CNA reafirma que o patrim�nio florestal nacional       continua extremamente suscept�vel ao flagelo dos inc�ndios florestais,       apesar da melhoria que se assinala no refor�o e coordena��o dos meios de       combate, principalmente ao nível. da primeira interven��o, e apesar do       refor�o feito nos �ltimos anos ao nível. das equipas de sapadores       florestais. 
Perante       a viol�ncia e a extensão destes inc�ndios, e como se v�, de nada serve       a propaganda com que nos pretendem tapar os olhos os sucessivos Governantes       quando falam em "preven��o de inc�ndios", aspecto que, de       facto, continua a ser negligenciado. 
Vejamos: 
Pouco       mudou nas áreas de responsabilidade acrescida do Estado, matas públicas e       áreas protegidas, mantendo-se o decl�nio destas zonas florestais, perante       um ICNB completamente paralisado pelas dificuldades financeiras e pelas       dificuldades estruturais agravadas pelo desmantelamento de serviços       públicos e pela falta de investimento; 
As       áreas ardidas continuam votadas � sua auto-regenera��o, tomadas pelas       ac�cias por entre a madeira queimada que nunca chegou sequer a ser       retirada; 
A       falta de investimento público na Floresta, com os mais de quatro anos de       impossibilidade dos produtores acederem �s ajudas comunitárias (ainda       nenhum produtor florestal beneficiou deste Quadro comunitário que se       iniciou h� mais de dois anos e meio) aceleraram o abandono e a       desertifica��o rural e o des�nimo total no sector; 
O       Cadastro Florestal, que até era considerado como priorit�rio pelo Governo       e que � um instrumento fundamental na orienta��o e execução da       pol�tica florestal, em 4 anos de legislatura nem sequer viu o concurso       para a sua execução ser lan�ado, continuando-se, deste modo, sem sequer       saber quem são os propriet�rios de uma área equivalente a 20% do       territ�rio nacional; 
As       ZIF’s – Zonas de Interven��o Florestal, ficaram-se pela sua       constitui��o, embrenhadas em burocracia e sem trazer os benef�cios       pr�ticos anunciados; 
As       grandes manchas de monocultura industrial do eucalipto continuaram a       espalhar-se amea�ando agora ocupar os solos da Reserva Agr�cola Nacional       por iniciativa do Governo através das altera��es introduzidas na       legisla��o sobre a RAN; 
As       pragas e doen�as de várias especies florestais agravaram os preju�zos       no sector de forma significativa e a inc�ria do Governo permitiu que a       doen�a do nem�todo do pinheiro se espalhasse por todo o Pa�s; 
Por       �ltimo, salienta-se a desadequa��o do C�digo Florestal aprovado pelo       Governo sem uma discussão s�ria e alargada, pelo que não traduz a       opini�o dos agentes do sector e não corresponde �s reais necessidades do       Pa�s. 
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Por       tudo isto, a CNA entende que estes �ltimos quatro anos se somam a muitos       outros como sendo anos perdidos para a Floresta Portuguesa em termos de       Ordenamento e de Preven��o de Inc�ndios. 
Um       grave erro estratégico cometido por sucessivos Governos, e um erro tanto       mais grave porque estamos a falar de quase 40% do territ�rio nacional; de       um patrim�nio e de um recurso natural, dos poucos que temos, capazes de       gerar riqueza e emprego no Pa�s para além de serem insubstitu�veis na       preserva��o do ambiente. 
Coimbra,       3 de Setembro de 2009 // A Direc��o Nacional da C N A 
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 Fonte:                 CNA   | 
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