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– 29-04-2008 |
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Floresta: F�rum ib�rico quer legisla��o espec�fica em defesa do montadoO f�rum ib�rico em defesa do montado apelou ontem aos governos portugu�s e espanhol para criarem legisla��o espec�fica que inclua apoios aos produtores e reconhe�a as particularidades daquele ecossistema, que está a ser afectado por uma mortalidade "anormal". "Se os governos portugu�s e espanhol não actuarem rapidamente e se não criarem legisla��o espec�fica, o montado tem os dias contados e vai desaparecer", alertou o presidente do F�rum Para a Defesa e Conserva��o do Montado – ENCINAL, Jos� Luis Garc�a-Palacios. O respons�vel falava num col�quio de apresentação do f�rum em Portugal e que se realizou ontem na Ovibeja, o maior certame agro-pecu�rio do Sul do país a decorrer até domingo, no Parque de Feiras e Exposi��es de Beja. Segundo o presidente do f�rum, Portugal e Espanha devem criar legisla��o espec�fica que proteja e "reconhe�a a personalidade pr�pria" do montado, "entendido como um ecossistema produtivo e não apenas como uma zona onde h� azinheiras e sobreiros". "Em toda a bacia do Mediterr�neo h� azinheiras e sobreiros, mas, s� por si, não são montado. O montado � um ecossistema misto de explora��o agropecu�ria e silvopastoril único e exclusivo na Pen�nsula Ib�rica", frisou. A legisla��o, defendeu Jos� Luis Garc�a-Palacios, deve incluir Também normas que contemplem apoios para ajudar os produtores a enfrentar a mortalidade do montado. Um problema que está a afectar v�rios sectores dependentes, sobretudo os de produ��o de porco preto e corti�a, além de aproveitamentos florestais, agr�colas, cineg�ticos e de criação de gado, provocando "grandes perdas econ�micas e o despovoamento de zonas rurais". "Sem legisla��o e normas espec�ficas, os produtores não disp�em de nenhuma ajuda econ�mica para tentar garantir a viabilidade das suas explora��es e do ecossistema que protegem e conservam com as suas actividades", frisou. Ap�s a criação de legisla��es nacionais, defendeu Jos� Luis Garc�a-Palacios, "� preciso que Portugal e Espanha unam esfor�os e legisla��es para que seja a Pen�nsula Ib�rica a pedir a Bruxelas para avan�ar com legisla��o comunitária sobre o montado". "A União Europeia � a meta, mas primeiro temos que come�ar em Portugal e em Espanha", frisou, referindo que "Bruxelas não vai atender as peti��es do f�rum se, dentro das nossas casas não se fizer nada e não se alertar para os riscos que corre o montado". O ENCINAL, criado oficialmente em Espanha, em 2007, re�ne cerca de 50 entidades espanholas e portuguesas ligadas a diversos sectores agro-florestais, como associa��es de agricultores e de criadores de gado, funda��es, universidades e institutos de investiga��o. No tradicional dia da Ovibeja dedicado � coopera��o transfronteiri�a, além do col�quio, a apresentação do ENCINAL inclui Também a plantação de 25 sobreiros e 25 azinheiras. As �rvores, uma de cada esp�cie por cada ano de realiza��o da Ovibeja, que este celebra as bodas de prata, foram plantadas no jardim da Associa��o de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), a organizadora da Ovibeja e uma das entidades subscritoras do f�rum. O ENCINAL pretende "alertar a opini�o pública para a mortalidade anormal que afecta o montado", um ecossistema exclusivo da Pen�nsula Ib�rica e de "extrema import�ncia ambiental, econ�mica, social e cultural" para as comunidades rurais do Alentejo e das regi�es espanholas da Extremadura e Andaluzia. O f�rum, que declarou 2008 como o Ano Internacional do Montado, além de reclamar legisla��o espec�fica, quer "unir esfor�os" e desenvolver projectos de investiga��o para encontrar "solu��es vi�veis" para "erradicar a mortalidade do montado" e que "permitam a sua explora��o normal". O f�rum pretende Também "promover a qualidade dos produtos associados ao montado", como o porco preto ou ib�rico e derivados e a corti�a. De acordo com o manifesto do ENCINAL, desde a d�cada de 80, devido a diversos factores naturais e derivados das actividades humanas, os povoamentos de sobreiros e azinheiras revelam �ndices "preocupantes e anormais" de perda de vitalidade e de mortalidade. O problema, que tem o nome gen�rico de "seca", porque as �rvores perdem as folhas e secam, afecta sobretudo Portugal e Espanha, estendendo-se Também por outros países mediterrúnicos. As condi��es climatéricas, a m� utiliza��o de maquinaria agr�cola, as m�s pr�ticas silv�colas e o excesso de gado, que fragilizam os solos e as �rvores facilitando a propaga��o de pragas e doen�as, t�m sido as causas apontadas para o decl�nio do montado, apesar de não reunirem consenso entre a comunidade cient�fica.
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