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– 16-06-2007 |
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Inc�ndios: Fogos preferem certos solos e evitam outrosOs inc�ndios preferem certos solos, como aqueles que t�m mato, e evitam outros, como os das zonas agr�colas, segundo investigadores da Universidade T�cnica de Lisboa que apresentaram hoje um estudo denominado "Gestáo e Ecologia do Fogo". Estes dados foram revelados ontem na Reuni�o Anual da Rede Inbio, um cons�rcio criado h� um ano pelas Universidades de Lisboa e Porto e pelo Instituto Superior de Agronomia, tendo em vista a coopera��o em investiga��o sobre Biodiversidade e Biologia Evolutiva. Esta parceria agrupa j� cerca de 400 investigadores, 20 deles estrangeiros. A reuni�o decorreu no Campus Agr�rio de Vairáo, em Vila do Conde, que alberga o Centro de Investiga��o em Biodiversidade e Recursos Gen�ticos (Cibio) da Universidade do Porto, uma das tr�s instituições que fazem parte da rede Inbio. O estudo "Gestáo e Ecologia do Fogo" � da responsabilidade do Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves (CEABN)- Instituto Superior de Agronomia e � um exemplo de um dos grandes objectivos desta parceria universit�ria: aprofundar e colmatar vazios no conhecimento sobre a biodiversidade em Portugal. Que usos do solo são preferidos pelo fogo? – era a questáo base a que os estudiosos tentaram responder. Os investigadores partiram da premissa de que cada inc�ndio � como "um animal que se alimenta da paisagem" e conclu�ram que h� solos "preferidos" e solos "evitados". Os matos, com a sua vegeta��o arbustiva, são "altamente suscept�veis aos inc�ndios". Esta realidade deve-se ao abandono a que a agricultura tem vindo a ser votada desde os anos 70 do s�culo XX. J� "os pinhais ardem em função da sua disponibilidade" e as zonas agr�colas provaram resistir melhor �s chamas, sendo por isso que antes havia poucos inc�ndios. Um dos estudos apresentados hoje no Campus Agr�rio de Vairáo incidiu sobre "O valor das �rvores na cidade". Os autores sublinham que os "espaços arborizados podem minimizar os impactos ambientais" negativos, uma vez que proporcionam "benef�cios ecol�gicos, estáticos e sociais". O estudo real�a uma ideia que � j� do senso comum: as manchas arborizadas oferecem maior "conforto urbano". Em Lisboa, cidade-alvo deste estudo, o n�mero de �rvores cresceu de 21.822, em 1929, para 32.936, em 2003. No mesmo período, as especies duplicaram, de 39 para 78, sendo a mais comum o lod�o-bastardo. O Cibio, por sua vez, está envolvido num projecto multinacional: a sequencia��o do genoma do coelho. "Trata-se de uma esp�cie fundamental na Europa, cujas popula��es sofreram um decl�nio brutal devido a duas doen�as, de tal modo que quase foi considerada uma esp�cie amea�ada", refere o director daquele centro, Nuno Ferrand. O cons�rcio InBio � um exemplo que o presidente da Funda��o para a Ci�ncia a Tecnologia (FCT) gostaria de ver seguido em Portugal. "não faz sentido, num pais t�o pequeno como o nosso, termos 420 instituições que fazem investiga��o cient�fica", aponta Jo�o Sentieiro. Da� que este respons�vel garanta que a FCT procura estimular outras instituições a ir pelo mesmo caminho, "ganhando massa cr�tica para poderem competir" no plano internacional. Em sua opini�o, deveria até haver mais "laboratérios nacionais", porque "isto � tudo muito pequeno". Jo�o Sentieiro lan�a um apelo: "Temos que passar a fase do Portugal dos pequeninos. Isso j� l� vai". O Governo, recordou, procura fazer a sua parte, dando como exemplo o recente an�ncio de que será aberto concurso para a contrata��o de mil doutorados que teráo os seus sal�rios pagos pelo Estado durante cinco anos. Para Nuno Ferrand, contudo, esse horizonte pode ser pouco atraente para alguns poss�veis interessados. Mas mais do que isso, em sua opini�o, um dos principais problemas da investiga��o cient�fica em Portugal � a "instabilidade no financiamento", raz�o pela qual advoga que, neste dom�nio, devia haver "um pacto" nacional.
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