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– 29-05-2004 |
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Incêndios : Autarcas e párocos nortenhos mobilizados sobretudo para a prevençãoPorto, 29 Mai "A grande preocupação não é combater os incêndios, mas evitá- los", sustenta o governador civil do Porto, Manuel Moreira, que na semana passada apresentou o Plano Especial de Emergência Distrital para os Fogos Florestais. Este plano surge num ano em que a região Norte é apontada, pela nova Carta de Risco de Incêndio Florestal (que determina o risco de fogos com base nas áreas ardidas, vegetação, população e clima), como a zona do país com maior potencial de ocorrência de fogos. Isto porque as vastas áreas ardidas em 2003 na zona Centro e na Serra de Monchique, no Algarve, estão agora despidas de vegetação, enquanto no Norte permanece uma grande mancha florestal com elevado risco de incêndio. A aposta na prevenção assumida por Manuel Moreira vai traduzir- se, nomeadamente, em cartas dirigidas a todas as câmaras, juntas de freguesia e paróquias do distrito, em que pedirá "ajuda nesta campanha cívica e pedagógica". Outra das estratégias defendidas pelo governador civil é o reaproveitamento dos +outdoors+ que vão ser usados na campanha eleitoral para as europeias para transmitir mensagens de sensibilização para a prevenção dos fogos. Depois de em 2003 ter passado comparativamente incólume ao mar de chamas que consumiu parte considerável da floresta portuguesa, reduzindo em cerca de metade o número de ocorrências e a área ardida, o distrito do Porto quer este ano manter esta tendência. Por isso, e para quando a prevenção não for suficiente, estarão a partir de 01 de Julho a postos 53 grupos de primeira intervenção, apetrechados com outros tantos veículos florestais de combate a incêndios e 265 homens. Na retaguarda estarão ainda quatro grupos de apoio, dotados de um veículo tanque de grande capacidade, outros dois de comando táctico e oito efectivos. Os meios aéreos distritais incluem, por sua vez, um grupo helitransportado e um helicóptero bombardeiro ligeiro. Já os meios especiais prevêem um grupo de reforço e uma base de apoio logístico, com alojamento e alimentação para 80 elementos e estacionamento para 28 veículos. A partir de 15 de Junho, reunirá quinzenalmente a Comissão Distrital de Operações de Emergência de Protecção Civil, constituída pelo coordenador do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e representantes das polícias, da Direcção Regional de Agricultura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte e do Comando da Região Militar Norte. Em cada município, serão também criadas comissões que coordenarão as acções específicas de defesa da floresta. Além dos trabalhos de limpeza, abertura de caminhos e reparação de pontos de água que já vêm sendo feitos, elementos do Exército serão chamados a patrulhar as florestas. A coordenação das acções de vigilância passará a ficar centralizada no Centro de Prevenção e Detecção. Entre as medidas tomadas pelas várias autarquias para evitar que as respectivas áreas florestais sejam atingidas, o destaque vai, no distrito de Bragança, para a antecipação em um mês do programa de prevenção de fogos, operacional já a partir de terça-feira. Embora se tenha escusado a avançar dados concretos, que remeteu para uma apresentação pública a fazer pelo governador civil de Bragança, o coordenador distrital de bombeiros e da Protecção Civil, Sá Lopes, deu conta de um reforço do dispositivo, quer em número de viaturas, quer de homens. No distrito de Vila Real estarão a postos já em Junho 15 equipas de bombeiros para primeira intervenção, num total de 75 homens, e serão também mobilizados militares para patrulhar as áreas mais florestadas e combater os fogos. A limpeza ao longo de 650 quilómetros de caminhos e aceiros dos concelhos de Chaves, Montalegre, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Lamego já começou. A partir de 01 de Julho e até 24 de Setembro serão constituídos 45 grupos, com 224 bombeiros, apoiados por equipas com autotanques com capacidade para 2.000 litros de água. Os meios aéreos disponíveis incluem dois helicópteros e dois aviões ligeiros, estacionados no aeródromo de Vila Real. Nos dias de maior calor, as aeronaves serão deslocadas para o aeródromo do Minheu, em Vila Pouca de Aguiar, mais próximo da mancha florestal do Tâmega. O governador civil de Viana do Castelo, Carvalho Martins, adiantou que o distrito terá este ano mais meios materiais e humanos para prevenção e combate dos fogos florestais, mas sublinhou que o "trabalho de casa" tem vindo a ser feito ao longo dos últimos meses. "Apostámos na sensibilização das juntas de freguesia do distrito, sobretudo na área da negligência", referiu, aludindo a reuniões mantidas concelho a concelho, em que em cima da mesa estiveram, entre outras questões, as queimadas. Além disso, está em curso uma campanha de sensibilização dos fabricantes de fogo de artifício e dos responsáveis pelas várias festas do distrito. Em Braga, a aposta do Núcleo Inter-sectorial de Análise e combate aos Fogos florestais (NUDIAC) foi também na prevenção e sensibilização das populações dos 14 concelhos do distrito. O principal apelo foi para que não lancem canas de foguete de artifício nas centenas de festas e romarias minhotas, uma das principais causas de incêndios na região. Estas acções de sensibilização, que focaram também os perigos das queimadas agrícolas e a necessidade de limpeza das matas, foram feitas numa reunião com todos os presidentes de junta e em contactos directos com proprietários florestais em todas as freguesias. Para Bruno Fernandes, do NUDIAC, "o distrito está bem preparado para a época de fogos florestais", dado o trabalho de campo feito ao longo do ano e a perfeita ligação entre as Câmaras, juntas, Serviço de Bombeiros e Protecção Civil, Polícia Florestal, Direcção- Geral de Florestas, PSP e GNR. Segundo salientou, o reforço de meios dos bombeiros de nada valerá se as populações não colaborarem ou se, como chegou a acontecer no ano passado, ocorrerem 50 fogos em simultâneo.
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