- Quase um em cada dois europeus (49%) considera que as alterações climáticas são o principal desafio global para o futuro da UE
- Nove em cada 10 jovens europeus consideram que a solução das alterações climáticas pode melhorar a sua própria saúde e o seu próprio bem estar (91% dos 15–24 anos) e 87% de todos os inquiridos também partilham este sentimento
- Cerca de 43% dos europeus afirmam que o principal benefício da participação da geração mais jovem na Conferência sobre o Futuro da Europa é debater as questões que lhes interessam
- 81% dos inquiridos afirmam-se felizes por viver na UE
- 68% dos europeus concordam que a UE é um lugar de estabilidade num mundo conturbado e 67% que o projeto da UE oferece uma perspetiva de futuro para a juventude europeia
O Parlamento Europeu e a Comissão publicam hoje em conjunto um Eurobarómetro Especial sobre o Futuro da Europa.
O futuro da Europa
Com o início de 2022 – Ano Europeu da Juventude –, o inquérito de hoje destaca as opiniões dos jovens europeus sobre os desafios que a UE enfrenta e sobre o papel fundamental que desempenham na Conferência sobre o Futuro da Europa.
O Eurobarómetro de hoje mostra que 91 % dos 15–24 anos acreditam que o combate às alterações climáticas pode ajudar a melhorar a sua saúde e o seu bem estar, e que 84 % das pessoas com 55 anos ou mais concordam com esta opinião. Quase um em cada dois europeus (49%) considera que as alterações climáticas são o principal desafio global para o futuro da UE, e apoiam maioritariamente os objetivos ambientais do Pacto Ecológico Europeu: 88 % dos europeus pensam que é importante aumentar a parte das energias renováveis na nossa economia e aumentar a eficiência energética, enquanto 80 % concordam com a importância de transformar a Europa no primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050 e de promover o crescimento do mercado dos veículos com baixas e zero emissões.
Os outros desafios globais destacados pelos inquiridos incluem a saúde (34 %), a migração e as deslocações forçadas (30 %).
A existência de níveis de vida comparáveis (31 %) e uma política de saúde comum (22 %) são os dois aspetos mais úteis para o futuro da Europa. Os europeus também dão prioridade a uma maior solidariedade entre os Estados-Membros (21 %) e à independência energética (20 %).
Ativos, desafios e valores da UE
De entre os desafios que a UE enfrenta, os mais mencionados são as desigualdades sociais (36 %), o desemprego (32 %) e as questões da migração (31 %). À semelhança dos desafios globais, as questões ambientais e as alterações climáticas também ocupam um lugar de destaque na lista de desafios com que a UE se defronta, tendo sido mencionados por 32 % dos inquiridos.
Os europeus consideram que o respeito pela democracia, pelos direitos humanos e pelo Estado de direito (27 %) é o principal trunfo da UE, seguido do seu poder económico, industrial e comercial (25 %).
A paz (49 %), a liberdade de opinião (47 %), a igualdade social e a solidariedade (45 %) e a tolerância e abertura aos outros (44 %) são os valores mais bem representados pela UE — em comparação com outros países, de acordo com os inquiridos.
A vida na União Europeia
A grande maioria dos europeus concorda que vivem felizes na UE (81 %) e no seu país (89 %), além de estarem satisfeitos com a sua vida familiar (89 %).
Conferência sobre o Futuro da Europa
Cerca de 43 % dos europeus afirmam que o principal benefício da participação da geração mais jovem na Conferência é debater as questões que lhes interessam. Outros benefícios do seu papel fundamental na Conferência são a energia e a motivação que imprimem às reformas e mudanças (como referem 35 %) e o seu empenho em tornar o futuro da Europa mais relevante para os desafios da sociedade atual (33 %).
Os cidadãos europeus continuam interessados em contribuir e participar na Conferência sobre o Futuro da Europa. Embora a resposta a um inquérito seja o meio preferido para o fazer, como indicado por mais de metade dos europeus (59 %), quase um em cada dois europeus (46 %) considera que poderia participar em reuniões na sua zona. A seguir aos inquéritos, a participação em consultas em linha (40 %), a apresentação de ideias e propostas aos políticos europeus e nacionais (39 %) e a participação em eventos culturais e desportivos europeus relacionados com a Conferência (39 %) são as formas mais atrativas de participação referidas pelos cidadãos.
De um modo geral, os europeus consideram que as questões das alterações climáticas, do ambiente (44 %), da saúde (40 %), da economia, da justiça social e do emprego (40 %) são fundamentais para a Conferência.
Há uma clara expectativa de que a Conferência conduza a resultados tangíveis. Com efeito, os inquiridos seriam mais incentivados a participar nas atividades da Conferência se estivessem convencidos de que a sua participação teria um real impacto (53 %).
A voz dos cidadãos na UE
90 % dos europeus concordam que as vozes dos cidadãos da UE devem ser mais ouvidas nas decisões relativas ao futuro da Europa. 55 % dos europeus mencionam o voto nas eleições europeias como uma das formas mais eficazes de garantir que as suas vozes são ouvidas pelos decisores a nível da UE.
Contexto
Paralelamente aos trabalhos em curso dos painéis de cidadãos europeus que adotam as recomendações para a Conferência sobre o Futuro da Europa, o inquérito Eurobarómetro Especial n.º 517 «O Futuro da Europa» fornece informações sobre os pontos de vista dos europeus e as atitudes em relação à Conferência sobre o Futuro da Europa, e os maiores desafios que enfrenta a União.
Encomendado conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pela Comissão, o inquérito foi realizado entre 16 de setembro e 17 de outubro de 2021 (EB 96.1) nos 27 Estados-Membros da UE. Foi realizado presencialmente e completado com entrevistas em linha, sempre que necessário, tendo em conta a pandemia. No total, realizaram-se cerca de 26 530 entrevistas.
Todos os europeus podem partilhar as suas ideias sobre a forma de moldar o nosso futuro comum na plataforma digital multilingue da Conferência sobre o Futuro da Europa.
O Eurobarómetro Especial de hoje está disponível num novo sítio Web específico do Eurobarómetro, que dá acesso aos inquéritos e aos dados do Eurobarómetro publicados por ambas as instituições desde 1974.
O artigo foi publicado originalmente em Parlamento Europeu.