O proprietário pagou multa de 12 mil euros por ter arrasado zonas de Reserva Ecológica Nacional e espera que tudo fique como está. O investimento é superior a seis milhões e as árvores estão quase a dar fruto.
A produção de abacates no Algarve soma e segue, indiferente à questão da escassez da água – esquecida logo que começa a chover. Nesta terça-feira termina a fase da consulta pública do processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) para mais uma exploração, desta vez de 128 hectares de abacates, em Barão de São João, Lagos, só que as árvores já foram plantadas há dois anos, até em zonas protegidas, e deverão começar a dar fruto este ano. As associações ambientalistas Zero e Regenearte dizem que “não se compreende” como é que as entidades públicas responsáveis pela fiscalização e ocupação do solo, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR), “não impediram o decorrer dos trabalhos ilegais”, várias vezes denunciados. Agora, sublinham, promove-se a avaliação “quando a acção preventiva já não é possível”
O projecto, consideram os ambientalistas, é “insustentável e viola as regras de ordenamento do território”. De acordo com o próprio Estudo de Impacto Ambiental (EIA), alegam, “há uma grande probabilidade de não haver água disponível para assegurar sequer a viabilidade da cultura, numa região onde a procura de água para rega é cada vez maior”. Por conseguinte, defendem, “a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) deve ser desfavorável”.
O promotor, Luís Neves, em declarações ao PÚBLICO, contesta: “Este é o sítio onde há mais água disponível do Algarve [aquífero Almádena-Odiáxere]”. A título de exemplo, refere, na zona do Algoz e Silves,
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