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Miguel Miranda

Miguel Miranda: “Já estamos a mexer com o clima ao mesmo nível que mexe a astronomia”

por Público
04-09-2021 | 07:01
em Nacional, Últimas, Notícias meteorologia, Dossiers
Tempo De Leitura: 12 mins
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Presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) desde meados de 2012, o geofísico Miguel Miranda tira nesta entrevista uma fotografia global ao clima do planeta, com um zoom a Portugal.

A propósito do último relatório (o sexto) de avaliação do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) utiliza várias metáforas para a experiência geofísica que estamos a fazer ao clima da Terra. Uma bola de neve imparável, um avião a despenhar-se, um carro que não trava. “Estamos a reescrever no chão linhas vermelhas e estamos a passá-las continuamente”, alerta Miguel Miranda. “A descarbonização é claramente o maior desafio que globalmente a humanidade tem.” Sobre Portugal, o geofísico diz que devemos estar à espera de um clima mais seco e mais quente, mais ondas de calor ou mais furacões tropicais que atinjam os Açores e a Península Ibérica.

Olhando nos últimos tempos para os incêndios na Califórnia, na Grécia, na Turquia ou na Sibéria, os recordes de temperatura máxima no Canadá ou as inundações no centro da Europa, diria que o clima do planeta está mais extremo?
Penso que é hoje em dia consensual que a expressão dos fenómenos meteorológicos extremos é superior. A origem física desses fenómenos meteorológicos extremos não está completamente compreendida, em particular quando estamos a falar de fenómenos de escala muito local – aquilo que os meteorologistas chamam “processos convectivos”. Exemplo: os picos de precipitação concentrada que aconteceram na Alemanha e na Bélgica. Mas essas situações estão claramente a acontecer e estão de acordo com um quadro genérico em que não só temos a temperatura mais alta, como a temperatura mais alta está a aumentar a quantidade de fenómenos extremos.

Sabemos da física básica que, sempre que aumenta a temperatura da atmosfera, ela tem capacidade de reter mais água. É por isso que localmente poderemos ter precipitação muito maior do que tínhamos de experiência histórica. A expectativa é que vamos ter uma atmosfera mais húmida, mas calma: não é mais húmida para todos. Nós aqui ainda temos défice de água, porque o equilíbrio que neste momento existe ainda é o de um clima mais seco e estamos influenciados pelo crescimento da zona tropical associada ao deserto do Sara. Na verdade, as zonas mais húmidas estão um bocadinho mais a Norte, e vemos grandes inundações na Inglaterra, na Holanda, na Polónia.

Extremos acentuados e continuados de precipitação vão ter de levar inevitavelmente a um redesenho das redes de escoamento de água. Numa localidade da China numa semana choveu tanto como o que choveu no ano anterior. Não temos infra-estruturas para isso. Se calhar temos de ter, mas os custos das infra-estruturas vão disparar. As cidades como as conhecemos vão ter de se modificar, mesmo que nós nos portemos tremendamente bem. É essa questão que é a parte mais dramática do relatório do IPCC, que é dizer-nos: há coisas que vamos poder evitar, mas há coisas que já não vamos poder evitar.

O que o relatório do IPCC traz de novo em relação aos anteriores é acentuar a ideia de que nós estamos num clima em mudança que não atingiu ainda um ponto de equilíbrio. É dizer que, mesmo que se tomem medidas dramáticas, que não se estão a tomar, já vamos ultrapassar seguramente 1,5 graus e se calhar já estamos muito perto de ultrapassar os dois graus de aumento da temperatura média [do planeta]. E vamos ver se isso é apenas no final do século.

O clima está a mudar como se fosse uma bola de neve. Saímos do clima de partida e não sabemos a que clima vamos chegar. Estamos ainda a caminho, somos a bola de neve que desce a montanha. E a bola está imparável.
O que significa, neste caso, o clima não ter atingido ainda esse ponto de equilíbrio?
Que o clima vai continuar a mudar. É por isso que preferimos falar de mudanças climáticas, em vez de alterações climáticas. Porque o clima não está a andar para trás e para a frente. O clima está a partir de um ponto que era razoavelmente estático – sempre teve as modificações de origem astronómica, que são conhecidas. E hoje estamos a somar a essas modificações de origem astronómica, que eram expectáveis, modificações de origem humana, que já não eram tão expectáveis.

Esta mudança do clima, que é progressiva de um ponto para o outro, ainda não está numa situação em que sejamos capazes de a caracterizar de uma forma estável – aquilo que fez Köppen no século XIX, quando criou as suas classes de clima, que são definidas pelos geógrafos para a totalidade do planeta. Normalmente, chamamos “clima” às condições meteorológicas médias na baixa troposfera, a zona da atmosfera em que vivemos. Consideramos tipicamente os valores de humidade, precipitação e temperatura, que vemos variar ao longo das estações do ano. É assim que aparecem as classificações de clima que toda a gente conhece, como temperado húmido, temperado seco, etc.

Mas não podemos pensar que vamos ficar como estamos. Nós não vamos ficar como estamos! Estamos a ter variações que são lentas, mas inexoráveis, das quais um dos casos mais conhecidos é o das zonas desérticas. Estão a aumentar. Nas últimas décadas, o Sara aumentou 10%. E estamos a ultrapassar valores muito superiores à média da temperatura e da precipitação (e até de vento) e as duas coisas estão-nos a criar problemas diferentes. Os extremos continuados de temperatura – por vezes nem sequer são temperaturas que vemos como extremas, mas são persistentemente muito altas em dias seguidos – estão a levar a incêndios descontrolados. A Califórnia continua a arder imparavelmente, a Austrália teve essa situação ainda há muito pouco tempo.

O último relatório do IPCC diz que a influência humana no clima é agora “inequívoca” e “sem precedentes”. Isto é surpreendente ou já nem por isso?

Era uma situação que não existia nos relatórios anteriores. Mas o IPCC não faz investigação. Este relatório compila o trabalho de 14 mil artigos de investigação feitos no mundo inteiro no período entre os dois relatórios. E, a partir desses artigos, o IPCC tenta distinguir aquilo que está bem demonstrado [pela ciência] e aquilo que não está. Até ao quinto relatório, o anterior, as posições do IPCC, ao contrário do que muita gente pensa, eram muito conservadoras. O IPCC só dava por demonstrado aquilo que estava completa e irrefutavelmente demonstrado. O que se está a verificar agora é que, mesmo questões que eram consideradas como hipóteses, já foram verificadas. Portanto, hoje em dia não são hipóteses, são realidades.

O que tornou a mudança do clima tão evidente em relação ao relatório anterior (de 2013) foi a avalanche de dados científicos?

Vou dar um exemplo de um trabalho publicado na Science no final de 2020 que tem que ver com essa mudança. É um trabalho de dendrocronologia – o estudo os anéis das árvores –, que analisou os últimos 260 anos, tentando procurar duas coisas ao mesmo tempo: variações de ondas de calor e variações de humidade no solo, porque ambas as características se verificam na árvore. A árvore é um enorme instrumento de medida: guarda centenas de anos de história do clima, porque se desenvolve de forma diferente quando chove mais ou menos, o solo tem mais ou menos água ou ela tem mais calor ou menos calor. Isso fica indelevelmente marcado nos anéis que todos os anos a árvore constrói. O que o trabalho verificou foi que a alteração nas últimas duas décadas não tem paralelo em 260 anos. A ideia de que já vivemos isto: não, não vivemos isto!

Já tivemos temperaturas superiores ao que temos agora na Terra? Já. Sabemos isso do ciclo astronómico. E sabemos, por exemplo, que o último mínimo do nível do mar – que corresponde ao máximo do gelo, quando temos calotes polares muito desenvolvidas e a água na fase líquida é mais reduzida – corresponde a uma diferença em relação à temperatura média de cinco graus abaixo do início da revolução industrial. Com cinco graus abaixo, tínhamos o oceano mais fundo 90 metros durante a última era glacial, há 20 mil anos. Isso dá-nos uma ordem de grandeza. Agora nós já estamos a falar de um aumento de dois graus e meio [desde o início da revolução industrial]. Já estamos a falar da mesma ordem de grandeza de uma variação de um ciclo glacial. Isso significa dezenas de metros do nível do mar, para cima neste caso. Estamos neste momento a subir. Já estamos a mexer com o clima ao mesmo nível que mexe a astronomia.

Estamos a assistir a uma tragédia grega, de certa forma. Qual é a nossa vantagem em relação ao passado? A capacidade de previsão hoje em dia é muitíssimo superior.
Nem sempre há uma percepção real do que significa mais dois graus de temperatura no planeta desde os tempos pré-industriais…

Há duas ideias-chave que têm de entrar na cabeça das pessoas. Primeiro: aumentar dois graus é muito. Não é pouco, é muito! Estamos a falar de metade de um ciclo glacial. Se não conseguirmos parar isto, fabricamos num século um ciclo de cem séculos. Isso tem consequências imprevisíveis. A segunda questão: o clima está a mudar como se fosse uma bola de neve. Saímos do clima de partida e não sabemos a que clima vamos chegar. Estamos ainda a caminho, somos a bola de neve que desce a montanha. E a bola está imparável. Estamos a vê-la a rolar e a dizer “talvez seja melhor criarmos condições para que ela role mais devagar”. Mas, na verdade, não está a rolar mais devagar. E sabemos o que vai acontecer: há-de haver um ponto em que a bola não vai parar. São os tipping points – os pontos de viragem.

Se já passámos esse ponto, então quer dizer que já só vamos conseguir diminuir a velocidade do problema, não vamos conseguir anulá-lo. Isso é uma questão que a ciência ainda não respondeu. Há opiniões contraditórias, há controvérsia. O IPCC nunca consideraria isso uma conclusão completamente consensual e validada, mas é um problema em cima da mesa, é um elefante na sala: já passámos, ou não passámos, um ponto de não retorno?

Por exemplo, quando tiramos o gelo de uma calote polar, temos dois problemas. Pomos água no oceano, sobe o nível do mar. E mudamos o albedo da Terra, porque o branco reflecte a energia. Se mudamos o albedo dessa região, a Terra aquece mais ainda. Estes mecanismos são todos tão instáveis, tão milagrosos.

Outro caso típico tem que ver com os mecanismos físicos da circulação oceânica profunda, em que existe um equilíbrio muito fino entre o efeito da salinidade e o efeito da temperatura. A corrente profunda do oceano faz a circulação não só de temperatura da Terra – transporta o frio dos pólos para o equador e o calor do equador para os pólos –, mas dá-nos os climas temperados. Os climas temperados são essenciais à humanidade. Se cortarmos alguns desses mecanismos – e os paleoceanógrafos admitem que no passado isso já aconteceu –, podemos ter uma situação em que há uma mudança brusca do clima da Terra. Esse é o verdadeiro tipping point.

Está a dizer que mais dois graus na temperatura média do planeta vão trazer alterações profundíssimas do clima e que, se ainda não passámos o ponto sem retorno, vamos passá-lo em breve?
Tudo indica que, por este caminho, vamos passá-lo. A questão é: teremos a capacidade de tomar medidas mais rápidas?

Quando foi feito o Acordo de Paris [em 2015], muitas pessoas pensavam que o acordo era conservador, que por aí não vamos lá. Hoje em dia a única coisa que se pode dizer é que era óptimo se se cumprisse qualquer coisa perto do Acordo de Paris [atingir o pico das emissões de carbono o mais cedo possível para ficar bem abaixo de um aumento de dois graus], porque já é tremendamente difícil cumpri-lo. Estamos a reescrever no chão linhas vermelhas e estamos a passá-las continuamente. Estamos num carro a descer uma ladeira e não estamos a saber inverter a marcha. Mas se continuarmos a ver os registos do CO2 atmosférico que se fazem em Mauna Loa no meio do Pacífico [no Havai] ou os que se fazem na ilha Terceira no Atlântico, vemos que a quantidade de CO2 [dióxido de carbono] continua a crescer, que a quantidade de CH4 [metano] continua a crescer. Estão inexoravelmente a subir. Portanto, não estamos a ter capacidade de travar o destino.

Temos de ter alguma fé – é estranho usar esta palavra, mas o próprio relatório do IPCC exprime isso – e algum optimismo para dizer que esperamos encontrar um equilíbrio futuramente em que a vida na Terra seja possível e viável. E não propriamente dentro de cápsulas, como se imagina que será a vida em Marte. Mas essa expectativa de que vamos ter um equilíbrio possível baseia-se mais numa perspectiva optimista do que em certezas.

Vai ser dramático, é isso?
Vai ser local e regionalmente dramático. O dramatismo provavelmente não vai ser distribuído da mesma maneira por todos os actores. Isso é uma diferença em relação à pandemia. A pandemia foi democrática: atingiu todos por igual. A resposta já não foi democrática: temos uns países que têm capacidade de se defender e outros que não têm. Mesmo numa exposição mediática como a que existe neste momento, parece não haver sensibilidade para que este problema tenha de ser resolvido. Estamos a viver em dois planetas: o planeta vacinado e o planeta não vacinado.

O clima vai criar situações do mesmo tipo, mas piores. Não vai ser democrático, vai atingir certas regiões – por exemplo, está a atingir fortemente a região subsariana que, tal como a região do Norte de África, está a sofrer com o aumento das zonas desérticas e o fim da possibilidade de fazer agricultura. E está a criar grandes migrações. Até que ponto é que alguém de um país desenvolvido e rico da Europa ou dos Estados Unidos ou da Austrália percebe que a fome do Senegal também é da responsabilidade dele. Não é uma mensagem fácil de transmitir. É verdade que também há responsabilidades intrínsecas: a estratégia da adaptação e mitigação nunca pode estar longe de uma estratégia de desenvolvimento económico. Se não houver desenvolvimento económico, não temos capacidade de responder às situações. As populações que são mais frágeis só podem responder de uma forma: emigrar.

Nas projecções do IPCC, no melhor cenário, a temperatura média da Terra subirá 1,6 graus até meados do século e 2,5 graus no final do século. O pior cenário será de 2,4 graus a meio do século e mais de quatro no final.
A Swiss Re, que é a maior empresa de resseguros da Suíça, estima que para uma perspectiva de 3,2 graus centígrados [de aumento da temperatura] haverá uma perda global do PIB de 18%. Os relatórios da Swiss Re – que aconselho a que sejam lidos na Internet – são quase mais dramáticos do que os relatórios dos cientistas do IPCC, porque eles vêem o lado da sobrevivência do sistema de seguros. As companhias de seguros são muito afectadas pelas grandes catástrofes naturais. Não é por acaso que se tornaram um grande impulsionador da investigação da previsão climática. O sistema de seguros divide o risco de um por muitos. Como não sabemos o que nos vai acontecer amanhã, todos pagamos para aquele que vai ser afectado. Mas […]

Continue a ler este artigo no Público.

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