Um proprietário não pode com o seu esforço limpar uma grande área. A floresta tem que render o suficiente para tal operação, o que raramente acontece. Só havendo agricultura, pastorícia, resinagem…
(José de Oliveira e Costa, A Comarca de Arganil nº 6487, de 02/Setembro/1969)
Conhecido paisagista, ecologista e político, Gonçalo Ribeiro Telles, por ocasião do seu recente aniversário (a bonita idade de 98 anos), escreveu uma mensagem a todos nós e que abaixo transcrevo:
Permitam-me, apesar da dimensão do autor, ver linhas tortas.
A limpeza da floresta é um mito? Descansem os ambientalistas: é sim senhor. Mas não pela limpeza exaustiva, antes pelo contrário, a maioria da floresta (.) está abandonada, mas sim porque o que ela configura em Portugal é a limpeza de estruturas — casas, estradas, etc.
A acumulação de combustíveis nas nossas paisagens é parte da problemática no que respeita a incêndios. Pelo que, a silvicultura preventiva não é nenhum mito. E que melhor exemplo da sua valia que as tais florestas que não servem para mais nada senão para arder, detidas e geridas pelas Celuloses e que ardem 10 vezes menos que a restante paisagem? Isto precisamente porque, se a matéria orgânica —