Durante décadas Portugal dependeu do exterior para pôr azeite no prato. Agora tem um nível de autossuficiência de 150 por cento. Mas o aumento da área de olival não é consensual, e os ambientalistas falam dos perigos da monocultura
Para quem tem passado regularmente pelo Baixo Alentejo ao longo dos últimos 10 ou 15 anos há uma evidência que salta à vista. Onde dantes pontuavam campos abandonados ou semicobertos de pequenas áreas com sementeiras de trigo, evoluem agora extensos olivais alinhados em sebe, uns classificados como ‘intensivos’ e outros ‘superintensivos’, dependendo da distância entre as árvores.
Todos eles com uma característica em comum: são plantações regadas, gota a gota, com água que vem diretamente da albufeira de Alqueva. Essa mesma que demorou mais de 25 anos a ser construída e que agora já irriga mais de 120 mil hectares de olival, amendoal, milho, aveia, cevada, arroz, ervilha, grão de bico, tremocilha, azevém, sorgo, girassol, colza, papoila, e alguns pomares onde se cultivam desde maçãs, citrinos, figos-da-índia, pêssegos e nectarinas, peras e ainda vários tipos de hortícolas e também uvas de mesa e outras para produção de vinho. “Ou seja, não estamos seguramente a falar de uma área preenchida com uma só cultura”, nota uma fonte ligada à EDIA, empresa que gere a barragem e o regadio de Alqueva.
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