A ‘startup’ Seedsight desenvolveu uma base de dados sobre sementes e grãos de cereais para otimizar a qualidade dos alimentos, reduzindo o desperdício, revelou hoje o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto.
A’startup’ Seedsight desenvolveu uma base de dados sobre sementes e grãos de cereais para otimizar a qualidade dos alimentos, reduzindo o desperdício, revelou hoje o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto.
A plataforma da empresa Seedsight, atualmente incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, baseia-se em sensores óticos e Inteligência Artificial (IA) e permite aos agricultores, cooperativas e moagens “tomarem decisões mais inteligentes, rápidas e seguras em toda a cadeia de valor dos cereais”, seja a ajustar o tempo de procura dos melhores cereais no mercado, a negociar preços mais justos ou a manter padrões de qualidade consistentes.
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Em comunicado, a UPTEC explica que as assinaturas digitais de vários tipos de sementes e grãos de cereais incluídas na “biblioteca de dados” são “validadas através de análises biomoleculares e biofísicas de baixo custo e em larga escala”.
“Através da plataforma, é possível otimizar a identificação das melhores espécies, origens e fornecedores de sementes e grãos aos preços mais competitivos, evitando o desperdício agroalimentar”, descreve a UPTEC.
De acordo com o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, ao incorporar a transparência diretamente no processo de tomada de decisão, a Seedsight “permite um mercado mais competitivo e equitativo”.
“Por um lado, os pequenos agricultores e agregadores obtêm acesso a informações que antes estavam fora do seu alcance, o que lhes permite competir melhor e satisfazer as exigências de mercados cada vez mais orientados para a qualidade”, descreve a UPTEC.
Ao mesmo tempo, acrescenta, “os comerciantes e as empresas de moagem podem vir a beneficiar de uma verificação fiável a 10% dos custos tradicionais”.
Depois de ter angariado um investimento de 1,78 milhões de euros, a empresa vai partir para o desenvolvimento comercial e operacional da tecnologia direcionada à indústria agroalimentar.
“Este investimento é um forte reconhecimento da nossa visão central: transformar toda a cadeia de valor dos cereais”, afirma Joana Paiva, CEO da Seedsight, citada na nota de imprensa.
A responsável observa que vai ser possível “acelerar significativamente a digitalização da avaliação da qualidade dos grãos, capacitando todos os parceiros, desde agricultores a processadores de alimentos, a tomar decisões mais rápidas e orientadas por dados que reduzem o desperdício alimentar”.
A ‘startup’ quer formar mais de 100 agricultores, através de uma rede de cooperativas e produtores-chave, em ferramentas digitais, avaliação de qualidade e otimização comercial nos próximos três anos.











































