Num setor tão essencial como o da carne, onde a segurança dos alimentos não é apenas uma norma imposta, mas o alicerce da confiança entre produtores e consumidores, eventos como a Sessão de Esclarecimentos da Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes (APIC) destacam-se como elos vitais de progresso. Realizada a 11 de setembro de 2025, nas instalações da ASAE em Coimbra, esta iniciativa híbrida, que uniu o vigor do contacto presencial à abrangência do formato online, reuniu mais de 400 participantes virtuais, acrescidos de uma vasta representação de associados e técnicos no local. Esta sessão clarificou normas regulatórias e solidificou parcerias entre autoridades, profissionais e laboratórios, fortalecendo a cadeia de valor em todas as áreas.
O Programa: Um Corte Preciso de Conhecimento Aplicado
O tema central, “Planos Analíticos na Indústria da Carne: Que Critérios Microbiológicos se Aplicam?”, ecoou como uma resposta precisa num contexto europeu que eleva as barreiras à qualidade e à segurança dos produtos cárneos. Inaugurado com as intervenções inspiradoras de Maria Manuel Alves Pereira, Diretora de Serviços de Segurança Alimentar da DGAV, e de Graça Mariano, Diretora Executiva da APIC, o programa desenrolou-se numa sequência de sessões temáticas respondendo às dúvidas no setor:
➢ A Aplicação Rigorosa do Regulamento 2073/2005:
Guiada por Sara Godinho, Chefe de Divisão de Saúde Pública da DGAV, e por Graça Mariano, esta sessão dissecou o Regulamento (CE) n.º 2073/2005, o eixo central das normas microbiológicas. Exploraram-se os requisitos para análises em carnes frescas, transformadas e prontas para consumo, com ênfase nos limites para patogénicos como Salmonella e Listeria monocytogenes. Estratégias para equilibrar custos e conformidade foram ilustradas com exemplos diretos de matadouros e talhos, demonstrando que a regulamentação pode ser um instrumento afiado, não um peso morto, para otimizar a cadeia de produção.
➢ O Papel da ASAE na Vigilância dos Riscos:
Pedro Nabais, Chefe de Divisão de Riscos Alimentares da ASAE, traçou um mapa claro do enquadramento regulatório, adaptando o HACCP ao ritmo específico do setor cárneo. Casos reais de inspeções e medidas preventivas, como a monitorização rigorosa das cadeias de frio, …
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Fonte: APIC