A Nigéria prepara-se para implementar rótulos e protocolos de rastreabilidade em produtos geneticamente modificados (OGM). Uma medida destinada a aumentar a transparência e a confiança da população na biotecnologia.
O anúncio foi feito pelo Ministério Federal da Saúde e Bem-Estar Social durante um workshop organizado pela Agência Nacional de Investigação e Desenvolvimento em Biotecnologia (NBRDA) e pelo Fórum Aberto sobre Biotecnologia Agrícola (OFAB). Esta iniciativa faz parte do compromisso do Governo Federal em promover, no país, o uso seguro e baseado na ciência da biotecnologia.
John Atanda, coordenador nacional do Programa de Segurança e Qualidade Alimentar do Departamento de Serviços Alimentares e Farmacêuticos, afirmou que todos os produtos geneticamente modificados passarão por avaliações rigorosas de risco. Estes testes vão incluir a análise de possíveis alergias, composição nutricional, impactos na saúde a longo prazo e segurança ambiental.
“Com regulamentações robustas, incluindo rótulos e protocolos de rastreabilidade, pretendemos reforçar a confiança pública e a transparência,” sublinhou Atanda.
O diretor-geral da NBRDA, professor Abdullahi Mustapha, destacou ainda os benefícios já alcançados pela biotecnologia agrícola na Nigéria, como o aumento de 50% na produção de milho TELA em projetos-piloto, a redução do uso de pesticidas no cultivo de feijão Bt e a melhoria na produtividade do algodão.
Mustapha apelou a decisores políticos e jornalistas para que comuniquem informações baseadas em dados concretos, combatendo assim a desinformação em torno da biotecnologia.
Mais informações no comunicado de imprensa do Ministério Federal da Saúde e Bem-estar Social.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.