Investigadores da Michigan State University identificaram um novo percurso metabólico nas plantas que poderá aumentar a produtividade agrícola em regiões com luz solar intensa, ajudando as plantas a resistirem a condições ambientais adversas.
Nos EUA, uma equipa do Departamento de Investigação em Plantas do Laboratório de Energia do Departamento de Energia da Universidade Estatal do Michigan descobriu uma via metabólica alternativa que complementa o processo de fotorrespiração nas plantas. Esta descoberta poderá vir a beneficiar os agricultores, especialmente em zonas onde a elevada intensidade luminosa prejudica o crescimento das culturas.
A investigadora Xiaotong Jiang e os seus colegas estudaram um mutante da planta Arabidopsis thaliana, que não conseguia produzir a enzima essencial à fotorrespiração, a HPR1 (hidroxipiruvato redutase 1). Quando expostas a luz intensa, estas plantas apresentavam um crescimento significativamente inferior ao das plantas normais.
A equipa introduziu mutações aleatórias para encontrar formas de compensar a ausência da enzima HPR1. O estudo revelou que, ao desativar a enzima GLYR1 (glicoxilato redutase 1), desencadeava-se uma via metabólica paralela — um “atalho” que desvia o glicoxilato para o citosol da célula, onde é convertido em hidroxipiruvato e posteriormente em glicerato pela enzima HPR2.
Esta descoberta evidencia a flexibilidade do processo de fotorrespiração, indicando que as plantas podem adaptar o seu metabolismo em resposta ao stress ambiental. O conhecimento desta via alternativa poderá contribuir para o desenvolvimento de culturas mais resilientes, com aplicações diretas na agricultura sustentável.
Leia o artigo no site da Michigan State University.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.