Cerca de 40 milhões de moscas estéreis foram libertadas, em três fases, na região boliviana de Santa Cruz, para evitar que a mosca da fruta se reproduza e continue a arruinar as colheitas.
O responsável pelo projeto do serviço nacional de segurança agropecuária e alimentar (Senasag), Orlando Machaca, explicou esta quinta-feira à agência Efe que foram libertadas moscas machos estéreis, para que possam reproduzir-se com moscas da fruta, para que os ovos que depositam não prejudiquem as culturas.
Estas moscas já foram libertadas em pelo menos uma dezena de municípios da região leste de Santa Cruz, uma vez que este inseto está a afetar entre 15 a 30% das culturas, como Chirimoia, pêssego e maçã.
“A libertação foi realizada e tem sido satisfatória. Vamos fazer as correspondentes análises de redução das populações”, frisou Machaca.
O vice-ministro do Desenvolvimento Agropecuário, Álvaro Mollinedo, destacou, por sua vez, que esta mosca da fruta afeta a economia dos produtores e que o apoio continuará com programas e projetos para melhorar a produção e garantir a segurança alimentar.
O presidente da Câmara de Santa Cruz de Vallegrande, Ignacio Morón, lembrou também, em comunicado, que esta ação é importante e de “grande benefício” para os produtores, pois ajudará a evitar a perda de colheitas e a torná-las mais competitivas em quantidade e qualidade.
Machaca destacou que serão libertadas hoje mais 20 milhões de moscas nos municípios do departamento de Chuquisaca, para evitar o crescimento das populações desta mosca.
O responsável pelo projeto acrescentou ainda que em outubro esta mesma técnica foi realizada no departamento central de Cochabamba.