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– 29-05-2007 |
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�gua: Transvases entre Norte e Sul podem ajudar a enfrentar altera��es clim�ticasPortugal deve admitir a possibilidade de realizar transvases para compensar as diferen�as de precipita��o e abund�ncia de �gua entre o Norte e o Sul que poder�o agravar-se devido �s altera��es clim�ticas, defendeu ontem um especialista em recursos h�dricos. Rodrigo Oliveira, da Universidade Nova de Lisboa, que falava num semin�rio sobre as perspectivas para Portugal face ao quarto relatério do Painel Intergovernamental das Na��es Unidas para as Altera��es Clim�ticas, salientou que a hip�tese te�rica dos transvases deve ser ponderada, apesar dos avultados custos econ�micos e ambientais que envolve. "Os impactos das altera��es clim�ticas nos recursos h�dricos v�o sentir-se de forma diferente no Norte, mais rico em �gua, e no Sul, que � mais pobre. Do ponto de vista te�rico, faz sentido come�ar a pensar em transvases que levem �gua do Norte para o Alentejo ou o Algarve", sustentou. A renegocia��o da Conven��o de Albufeira, que regula a gestáo transfronteiri�a dos rios ib�ricos comuns, � outra das recomenda��es, face � import�ncia do impacto do aquecimento global em Espanha, país com o qual Portugal partilha tr�s grandes bacias hidrogr�ficas (Tejo, Douro e Guadiana). "No caso da defini��o dos valores dos caudais m�nimos, o que mais nos beneficiaria seria mant�-los, pois baseiam-se nos valores hist�ricos. Mas em rela��o aos regimes de excep��o, por exemplo, vale a pena renegociar, porque se estas situa��es se repetirem muitas vezes, o conv�nio deixa de ter valor para n�s", explicou o investigador, acrescentando que "tem de haver uma ac��o para a adapta��o". Em 2005 Espanha invocou o regime de excep��o para desrespeitar os caudais no Douro, devido � fraca pluviosidade e � situa��o de seca que atravessava. Rodrigo Oliveira, admitiu, contudo, que � dif�cil gerir o problema dos rios comuns. "não podemos reabrir este processo sem capacidade negocial", frisou. O aquecimento global dever� ter um impacto significativo nos recursos h�dricos portugueses, segundo este cientista, que integrou Também o projecto SIAM (Cen�rios, Impactos e Medidas de Adapta��o �s Altera��es Clim�ticas em Portugal). As previs�es apontam para um aumento da assimetria regional e sazonal da distribui��o de �gua, redu��o dos valores m�dios anuais de recarga dos aqu�feros, aumento do risco de cheias, sobretudo a Norte, e diminui��o da qualidade da �gua superficial e subterr�nea. Rodrigo Oliveira apontou uma s�rie de medidas para melhor gerir a disponibilidade de �gua, incluindo processos t�cnicos (aproveitamento das infra-estrutruras, mais barragens e albufeiras), ordenamento do territ�rio (proteger as massas de �gua da contamina��o, promover recargas artificiais) ou a transfer�ncia de �gua entre bacias. No entanto, avisou, nem todas t�m o mesmo impacto ambiental e econ�mico. "Algumas s� t�m benef�cios, para outras � necess�rio fazer o balanão a ver se são necess�rias. Algumas medidas, nomeadamente as t�cnicas, t�m impactos ambientais significativos", referiu. No que respeita � procura de �gua, o investigador chamou a aten��o para a necessidade de reduzir as perdas e o consumo, reutilizar a �gua segundo usos compatéveis com a sua qualidade ou aplicar o Plano Nacional para o Uso Eficiente da �gua. O impacto do aquecimento global sobre a biodiversidade e os recursos pesqueiros Também foi avaliado no semin�rio, que decorreu na Funda��o Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
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