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– 04-12-2009 |
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ASSOCIA��O NACIONAL DE EMPRESAS FLORESTAIS, AGR�COLAS E DO AMBIENTEViveiros florestais sequestradosNuma altura em que o sector florestal em Portugal se encontra extremamente fragilizado pelo alastramento do Nem�todo da Madeira do Pinheiro, surge mais uma prova de fogo � floresta de pinho nacional, o Cancro Resinoso do Pinheiro. Desde 2006 que esta doen�a tem merecido especial aten��o por parte da Comissão Europeia, que estabeleceu medidas de emerg�ncia contra a introdu��o e a propaga��o da Gibberella circinata Nirenberg & O�Donnell, na Comunidade. Atenta � questáo e j� em 2008, a ANEFA alertou, por diversas vezes, as autoridades portuguesas, tendo mesmo chegado a elaborar um documento em que reuniu informação relativa � tem�tica, questionando, inclusivamente, as consequ�ncias da falta de ac��o em tempo �til e alertando para que não se ignorasse o problema até j� nada haver, senão a destrui��o e corte massivo de plantas. A verdade � que, mais de um ano depois, esta � a realidade. A Autoridade Florestal Nacional (AFN) não encarou a situa��o com a import�ncia devida e a falta de controlo atempado levou a uma situa��o limite, estando hoje os viveiros como que sequestrados, impedidos de comercializar todas as especies de Pinus. não conformada com a questáo, a ANEFA promoveu, na passada semana, o Encontro Nacional de Viveiristas, onde dezenas de empres�rios participaram, na tentativa de obter esclarecimentos e de expor a situa��o insustent�vel por que está a passar a grande maioria dos fornecedores de material florestal de reprodu��o. Com a situa��o totalmente fora do controlo, no presente, a AFN está a desenvolver uma s�rie de inspec��es fitossanit�rias aos viveiros, tendo sido, no entanto, detectadas inúmeras irregularidades, nomeadamente, nas condi��es em que estáo a ser realizadas as recolhas de material para amostragem. �não conseguimos entender porque � que as amostragens tiveram apenas in�cio em Outubro, em pleno arrancar da campanha, deixando os viveiristas de p�s e m�os atadas. além disso, são v�rios os contactos que temos recebido, com a informação de que os inspectores fitossanit�rios andam de viveiro em viveiro, transportando consigo amostras potencialmente contaminadas com Fusarium circinatum, o que demonstra a ligeireza com que as autoridades estáo a lidar com esta questáo�, adianta a Direc��o da ANEFA. Laboratérios sem capacidade de respostaOutro dos problemas apresentados no Encontro � a falta de capacidade de resposta dos laboratérios envolvidos no processo. At� � data, apenas dois centros de análise estáo protocolados com a AFN, o que tem condicionado a celeridade necess�ria ao sistema. �� inadmiss�vel que um problema detectado a nível. nacional não tenha sido encarado com a seriedade devida. Se, � partida, se sabia que todos os viveiros iriam ser alvo de recolha de amostras, era de f�cil percep��o que apenas dois laboratérios de análises não seriam suficientes. Agora, acumulam-se amostras, sem data prevista de análise, colocando todo o sistema em causa, pois não h� garantia que não haja, posteriormente, contamina��o das amostras�. A Direc��o da ANEFA garante, ainda, ter apresentado o seu prop�sito em protocolar com outra instituição, para que fosse poss�vel contornar o tempo de resposta. No entanto, a AFN ainda não manifestou qualquer intenção de considerar esta hip�tese, continuando sem comunicar os resultados das amostras recolhidas. �não se pode avan�ar com este tipo de metodologia sem garantir as condi��es m�nimas de resposta e a verdade � que, salvo os viveiros cujas amostras são na sua totalidade negativas, não foi divulgada qualquer informação. Isto significa que plantas contaminadas continuam no terreno, juntamente com plantas s�s�. A preocupa��o assenta agora sobre a decisão da Comissão, que adianta que os fornecedores de material florestal de reprodu��o, que apresentem amostras positivas para o Fusarium circinatum, dever�o ser proibidos de comercializar plantas con�feras, durante 2 anos. Esta situa��o está a deixar os viveiros em sobressalto, pois o facto de ainda não terem informação sobre o resultado das análises compromete j� a pr�xima campanha, uma vez que não poder�o correr o risco de realizar a sementeira e depois, não poderem comercializar as plantas. não sendo suficiente, os viveiristas continuam a assistir � destrui��o de centenas de milhares de plantas florestais, por não haver articula��o entre a sua produ��o e a elabora��o de projectos. No final do Encontro, a Direc��o da ANEFA deixou um apelo �s autoridades: �Se, por um lado, h� restri��o na venda de pinheiros, por outro, temos um ProDeR que não funciona. Ainda não foi contratado nenhum projecto florestal, o que significa que Também não se está a vender outras especies. Se isto não � a condena��o dos viveiristas nacionais, ent�o o que será? A floresta portuguesa está por um fio e s� os Senhores do Poder poder�o fazer alguma coisa para reverter esta situa��o.� Numa altura em que a sustentabilidade da floresta de pinho está em risco, devido ao problema do nem�todo e � redu��o dr�stica da taxa de arboriza��o, este � mais um entrave � fileira, questáes burocr�ticas que colocam em risco as empresas do sector e a ind�stria que utiliza essa madeira como matéria-prima. Embora se tenha consci�ncia de que devemos aprender a viver com este tipo de pragas, estes temas exigem sempre uma interven��o imediata e eficaz para que o impacte sobre o sector seja o menos significativo poss�vel. No entanto não foi o que se verificou. O incumprimento ao nível. do Estado coloca agora milhares de postos de trabalho em risco e contribui para o encerramento de inúmeras empresas devido � perda de neg�cios. A ANEFA relembra que o Cancro Resinoso do Pinheiro, provocado pelo fungo Fusarium Circinatum, afecta o hospedeiro em todos os seus estados de desenvolvimento e em qualquer altura do ano, e pode ser detectado em sementes, agulhas, pinhas, ramos, rebentos, troncos e ra�zes. Encontrando-se j� difundido por todo o mundo, Espanha, It�lia e Portugal são os principais focos na Europa.
Fonte: ANEFA
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