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– 21-04-2008 |
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Vinho: Investigadores portugueses obt�m bebida v�nica com baixo teor alco�licoA obten��o de uma bebida v�nica elaborada a partir do vinho, mas com menos teor de �lcool, � o objectivo de uma investiga��o de um grupo de investigadores portugueses, cujo resultado, segundo os mesmos , "j� � promissor". Conseguir uma "bebida v�nica" de teor alco�lico inferior ao do vinho – ao abrigo da legisla��o portuguesa s� � considerada vinho a bebida fermentada a partir de uvas com teor alco�lico superior a oito graus – � um processo iniciado em 2003 e que em 2007 obteve j� "resultados satisfatérios ao nível. da qualidade", disseram � agência Lusa Fernando Gon�alves, investigador do Instituto Superior T�cnico (IST), e Fernão Vaz Pinto, dois dos respons�veis pelo projecto. A intenção � obter uma bebida "de qualidade, menos t�xica, com menos calorias e mais leve do que o vinho" sem que se percam as caracterásticas de "aroma, cor e sabor" daquele, sublinhou Fernão Vaz Pinto, acrescentando tratar-se de uma "investiga��o" em que insiste h� mais de uma d�cada, quando ainda era accionista e administrador da Quinta de Pancas Vinhos SA e para a qual contou com o apoio dos ent�o administradores Jos� e Joaquim de Guimar�es. Apesar da venda da Quinta de Pancas SA, a investiga��o manteve-se e como reunia consenso no meio acad�mico e cient�fico deu origem � criação da Enofisis, Estudos Enol�gicos Lda, vocacionada para a investiga��o do produto e que agora lidera um cons�rcio criado h� quatro anos com o IST em colabora��o com especialistas em Enologia do Instituto Superior de Agronomia (ISA), referiu. Mulheres, desportistas e quem no Ver�o opta por bebidas "mais leves" e com "menos �lcool" do que o vinho – como a cerveja -, contam-se entre os consumidores que poder�o ser atra�dos por esta bebida v�nica. At� porque os vinhos portugueses t�m cada vez maior teor alco�lico – devido, nomeadamente, ao aumento da temperatura � escala planet�ria e � melhoria das t�cnicas vitivin�colas – , o que prejudica a Saúde, pelo que a diminui��o do teor alco�lico dos vinhos � uma área em que estáo a ser investidas verbas avultadas em todo o Mundo, acrescenta Vaz Pinto. Fran�a e Estados Unidos são exemplos de países onde j� se produzem "vinhos de baixo teor alco�lico", acrescentando o especialista por�m que, apesar de o processo em Portugal ter sido "demorado e dif�cil", � o que apresenta "melhores resultados por manter as caracterásticas essenciais do vinho como a cor, o aroma e sabor". "Diminuir o teor alco�lico do vinho não � dif�cil – pode ser feito através da evapora��o do �lcool a baixa pressão e temperatura, ou da interrup��o da fermenta��o, mas este processo � contra-natura", refere Vaz Pinto. "A dificuldade está em manter as qualidades de um vinho de 12, 13 ou 14 graus de teor de �lcool numa bebida v�nica de cinco, seis, sete ou mesmo oito graus, que � o que estamos a desenvolver", explica. Uma opini�o partilhada por Fernando Gon�alves, investigador do IST encarregado de diminuir a gradua��o alco�lica do vinho através da nanofiltra��o, um processo f�sico que "mant�m o equil�brio do tri�ngulo �lcool – acidez – taninos" , permitindo obter um produto "equilibrado e de qualidade". A nanofiltra��o consiste num processo f�sico em que o vinho � pressionado a alta carga de muitas atmosferas contra uma membrana polim�rica pr�pria para produtos alimentares, com poros de di�metro na ordem do nan�metro (inferior a um milion�simo de mil�metro). Em consequ�ncia da pressão e da dimensão dos poros do pol�mero, a membrana deixa passar apenas as mol�culas mais simples e mais pequenas do vinho – que Fernando Gon�alves designa como o "permeado" e que consiste nas mol�culas de �gua e de �lcool. A nanofiltra��o �, segundo o investigador, uma tecnologia que, sendo utilizada j� para fins industriais, s� na última d�cada come�ou a aplicar-se ao vinho. Apesar de o processo se poder aplicar a quase todos os vinhos e as investiga��es j� terem sido feitas com vinhos elaborados a partir de várias castas, os melhores resultados até agora t�m sido obtidos com os "ros�s", com a casta Fernão Pires, nos brancos, e com a casta Castel�o, nos tintos, disse Fernando Gon�alves. "Nos tintos h� ainda algumas afina��es a fazer, nomeadamente ao nível. da adstring�ncia", frisou, acrescentando que os resultados obtidos com os vinhos brancos e os ‘ros�s’ são "mais adequados � bebida leve e refrescante, com teor alco�lico entre os cinco e os sete ou oito graus, mas com as caracterásticas do vinho que se pretende obter". O processo de nanofiltra��o está a ser realizado na adega do Instituto Superior de Agronomia, � da responsabilidade de Fernando Gon�alves – doutorado pelo IST na área de Tecnologia de Membranas – e � acompanhado pelos professores Olga Laureano e Jorge Ricardo da Silva, do ISA, e pela professora Norberta de Pinho, do Instituto Superior T�cnico. Cerca de 250 mil euros foram despendidos, desde o in�cio das investiga��es, no processo de diminui��o do teor alco�lico do vinho, com o apoio da Agência de Inovação (AdI), no ambito do Programa de Incentivos � Moderniza��o da Economia (PRIME), referiu Fernão Vaz Pinto. Esta tecnologia não � para aplicar a um ‘grand vin’, sustenta Fernando Gon�alves, enquanto Vaz Pinto sublinha que Também não se trata de expurgar do vinho "todo o teor alco�lico, porque se assim fosse o conceito de vinho morreria". Quanto a uma data para se poder comercializar o produto, Fernando Gon�alves admite que até ao final deste ano ou no próximo os resultados j� permitiráo pensar em possibilidades de coloca��o no mercado, sublinhando que o custo de produ��o desta tecnologia "não chega aos 10 c�ntimos por litro". "O que falta mesmo encontrar � um parceiro estratégico", sustentam Fernando Gon�alves e Fernão Vaz Pinto. Fernando Gon�alves � um dos oradores num congresso mundial que promove o debate, entre teráa e quarta-feira em Vila Real, sobre temas pol�micos do sector vitivin�cola, nomeadamente os vinhos com baixo teor alco�lico ou a utiliza��o das rolhas de pl�stico nas garrafas. O "Infowine F�rum" � organizado por duas mulheres, Leonor Santos, licenciada em Engenharia Agr�cola, e B�rbara Sistelo, licenciada em Enologia, que, em 2002, criaram a Vinideas, uma empresa ligada ao desenvolvimento enol�gico. Este congresso t�cnico e cient�fico de viticultura, enologia e mercado conta com a presença de cerca de 300 participantes e leva ao Douro alguns dos "melhores especialistas internacionais do sector". Vinho: Investigadores portugueses obt�m bebida v�nica com baixo teor alco�lico
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