Quando a barragem do Alqueva foi construída, vieram a nu mais de sete mil novos sítios arqueológicos. A exploração dos sítios revelou tesouros agora reunidos numa exposição temporária no Museu Interventivo do Megalitismo de Mora.
A mostra representa, cronologicamente, uma perspetiva da evolução humana e tecnológica desde há 200 mil anos até à Idade Moderna.
Disponibilizada pelo projeto EFMA (Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva), que pertence à EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva), esta exposição – que ficará patente em Mora até 04 de fevereiro de 2020 – pretende divulgar e sensibilizar o público para a importância da salvaguarda do nosso património.
Segundo Luísa Pinto, responsável pelo Departamento de Impacto Ambiental e Patrimonial da EDIA, “a construção do Alqueva é o primeiro empreendimento em Portugal que promoveu a salvaguarda dos impactos sobre o património”.
Em duas décadas de construção da barragem, foram milhares os arqueólogos que trabalharam em permanência no empreendimento.
Leonor Rocha, docente de arqueologia e responsável científica do Museu, acrescenta que o resultado “dos trabalhos feitos na construção do Alqueva, reescreveu a História conhecida neste território, nomeadamente para a Pré-História recente (de 5 mil a 3 mil anos antes de Cristo)”.