O secretário regional da Agricultura e Florestas afirmou que a valorização das pastagens nos Açores constitui uma enorme mais valia para a redução de custos nas explorações, para a sustentabilidade ambiental, além de ser uma vantagem competitiva que as indústrias devem potenciar.
“A permanente valorização das pastagens e o reforço do conhecimento sobre as mesmas são dois aspetos indispensáveis para se aumentar a qualidade das produções e a rentabilidade das explorações”, referiu João Ponte, citado em nota do executivo, acrescentando que, “pelo menos, 70% dos custos numa exploração estão relacionados com a alimentação dos animais”.
O titular da pasta da Agricultura falava, na Ribeira Grande, na sessão de abertura da 40.ª Reunião da Primavera, organizada pela Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens, tendo como tema ‘Pastagens e Forragens Sustentáveis nos Açores’.
João Ponte destacou que o facto de os consumidores estarem cada vez mais sensibilizados para as questões do bem-estar animal e dispostos a pagar mais para consumir produtos “de maior qualidade nutricional, produzidos à base de pastagem, associados a práticas agrícolas amigas do ambiente”, constitui uma grande oportunidade para os produtores verem valorizado o seu trabalho.
O secretário regional da Agricultura destacou também o contributo que a Universidade dos Açores tem vindo a dar ao setor agrícola, ao nível da formação de técnicos que entram para a função pública regional, na constituição de massa crítica na Região capaz de pensar o desenvolvimento do setor, quer ainda no estudo e pesquisa.
Por outro lado, o Governo Regional tem vindo a promover anualmente um plano formativo abrangente em termos de temáticas, de modo a qualificar os agricultores de todas as ilhas, porque mais e melhor conhecimento e informação significa estar melhor preparado para enfrentar os desafios do futuro.
João Ponte afirmou também que o Governo Regional, em articulação com a Federação Agrícola dos Açores, está a trabalhar na reestruturação da produção de leite e para melhorar a eficiência das explorações leiteiras, com a introdução de alterações ao nível do POSEI 2020, nomeadamente para permitir a redução de bovinos de 15 a 20% acima da taxa normal de renovação do efetivo, sem penalização para o agricultor no Prémio à Vaca Leiteira e no Prémio aos Produtores de Leite.