Uma hist�ria de sucesso A Adega Cooperativa de Redondo
H� quase meio s�culo que a Adega Cooperativa de Redondo se dedica � produ��o de vinhos brancos e tintos, sendo a marca Porta da Ravessa o seu ex-libris. A porta principal do castelo de Redondo – a chamada Porta do Postigo do Rel�gio – � menos famosa do que a segunda porta – a Porta da Ravessa – pela simples raz�o de que esta � detentora do nome que foi atribuído a este bem sucedido DOC (Denomina��o de Origem Controlada).
No s�culo XIX, devido ao aparecimento catastr�fico do o�dio, m�ldio e filoxera, os viticultores viram-se obrigados a realizar consocia��es para sobreviver. Mas no s�culo XX, a criação de Adegas Cooperativas veio-lhes dar novo �nimo e fazer renascer a cultura da vinha e do vinho. � neste contexto que a Adega Cooperativa de Redondo � fundada, em 1956, por um grupo de 14 viticultores. Hoje, a Adega � um dos maiores produtores de vinho da Regi�o do Alentejo, congregando cerca de tr�s centenas de produtores da sub-regi�o do Redondo.
Confirmado o potencial vúnico do Alentejo na d�cada de 80, a Adega de Redondo inicia uma franca expansão, vis�vel no aumento da produ��o e estruturas a ela associadas. A embalagem dos vinhos com as marcas Monte da Ferra, Anta da Serra, Porta da Ravessa e Real Lavrador � feita em modernas instala��es, permitindo a produ��o de 12 mil garrafas por hora.
O recente aumento da taxa de Imposto de Valor Acrescentado (IVA) sobre o vinho na restaura��o (passou de 5% para 12%) e as altera��es na taxa de alcool�mia m�xima permitida na estrada, deixaram apreensiva a direc��o da Adega. Mas �, sobretudo, a concessão sem limite de licen�as de plantio de vinha, que tem levado a uma expansão desmesurada da vinha no Alentejo, sem haver garantia de coloca��o da produ��o no mercado, que preocupa a Cooperativa. Teme-se que a enorme quantidade de vinhos produzidos afecte a qualidade reconhecida dos vinhos do Alentejo.
Por tudo isto, a direc��o da Adega Cooperativa de Redondo procura agora novos desafios. Tendo j� conquistado o mercado nacional, principalmente com a marca Porta da Ravessa, h� que estudar novos horizontes no mercado internacional. Embora o Brasil continue a ser o país que mais consome os vinhos produzidos no Alentejo, a Adega quer explorar as possibilidades abertas pelo mercado comunitário do Velho Continente, diversificando assim a origem da clientela.
além desta aposta, a Cooperativa tem j� na manga a reformula��o do vinho topo de gama, a introdu��o no mercado de novos produtos vocacionados para o segmento m�dio-alto e o refor�o das vendas do Doc-Alentejo/Redondo Anta da Serra.
A Cooperativa contratou, ainda, nesta filosofia de mudan�a, uma nova equipa de en�logos, o conceituado Ant�nio Saramago e Pedro Hip�lito, que v�em dar um novo alento � Adega. estáo ainda a ser investidos mais de 800 mil contos nos sectores de recep��o da uva, na sua transforma��o e armazenamento. Um or�amento vultuoso, que dever� garantir um acr�scimo da qualidade dos produtos da Adega aos seus associados.
Todas estas mudan�as inserem-se na filosofia de perpetua��o do bom nome da Adega Cooperativa de Redondo, com quase 50 anos de hist�ria e localizada no Alto Alentejo, a 35 km de �vora. A qualidade dos vinhos do Alentejo j� � um dado adquirido, nesta terra de plan�cies e montes, onde se insere o concelho de Redondo.
Como padr�es da sua hist�ria e do seu passado, o Redondo conserva alguns monumentos arqueol�gicos e arquitectúnicos de grande valor, que provam que a regi�o � habitada desde os tempos mais remotos. O patrim�nio arqueol�gico � vasto, mas pouco explorado, destacando-se sobretudo as Antas, monumentos funer�rios que pontuam a paisagem alentejana. O patrim�nio arquitectúnico engloba o Castelo de Redondo com as suas portas e a Torre de Menagem, de estilo manuelino, e o Pelourinho de Redondo. A grande tradi��o da Olaria de Redondo, com as suas caracterásticas artesanais reconhecidas em todo o Pa�s, concede-lhe o t�tulo de Vila das Olarias Populares. A olaria utilit�ria e decorativa, o mobili�rio de madeira pintada e os trabalhos em corti�a marcam o artesanato da regi�o.
Embora o Alentejo seja uma terra pobre, em que os seus habitantes se habituaram, ao longo da hist�ria, a fazer um grande esfor�o para sobreviver, tem caracterásticas �nicas, nos seus habitantes e paisagem, que a tornam numa das regi�es mais belas e calmas de Portugal, com os seus montes e plan�cies.
Para além da rica gastronomia, o Alentejo � conhecido por ser inegavelmente uma regi�o vitivúnicola, com uma longa hist�ria ligada � vinha, que remonta aos tempos romanos. Mesmo antes da exportação dos vinhos do Douro e do t�o afamado Vinho do Porto, o mercado exportador portugu�s levava para fora vinhos provenientes do Sul de Portugal, apreciados pelas suas qualidades, com a sua cor intensa e elevado grau alco�lico.
A demarca��o das oito regi�es vitivúnicolas autorizadas a produzir vinhos veio dar um novo alento e responsabilizar ainda mais a regi�o do Alentejo, que se pode congratular pela qualidade excelente de muitos dos seus vinhos.
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Fonte: ACR |
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