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– 05-07-2007 |
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UE / Presid�ncia: S�crates subscreve cr�ticas de Lula aos subsídios agr�colas europeus e norte-americanosO primeiro-ministro portugu�s subscreveu ontem as cr�ticas do presidente brasileiro ao peso dos subsídios da União Europeia e Estados Unidos no sector agr�cola e apoiou o Brasil como membro permanente do Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas. As refer�ncias de Jos� S�crates e de In�cio Lula da Silva �s negocia��es no ambito da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) e ao mercado energ�tico dos biocombust�veis foram feitas numa entrevista conjunta � RTP, conduzida pela jornalista F�tima Campos Ferreira no Museu de Arte Moderna e Contempor�nea – Colec��o Berardo, no Centro Cultural de Bel�m. A entrevista antecedeu a primeira cimeira entre União Europeia e Brasil – uma das principais prioridades da presid�ncia portuguesa – no Parque das Na��es. "Portugal percebeu que faltava � pol�tica europeia a exist�ncia de um pilar com o Brasil. não era poss�vel a Europa ter um papel relevante mundial no dom�nio da regula��o sem ter uma rela��o especial com o Brasil, que � um grandes dos actores mundiais", sustentou o primeiro-ministro. No ponto sobre o actual bloqueio das negocia��es da OMC, tal como Jos� S�crates, o presidente brasileiro manifestou-se optimista em rela��o ao futuro, partindo da ideia de que a Europa tem novos l�deres pol�ticos, como Nicolas Sarkozy (Fran�a) e Gordon Brown (Reino Unido). "Tenho mais de 62 anos de idade e mais de 40 de negocia��es e nunca esperei uma negocia��o f�cil na ronda de Doha. Do ponto de vista t�cnico o trabalho está encerrado, mas falta a decisão pol�tica dos primeiros-ministros e dos presidentes da República", observou Lula. "Queremos que os Estados Unidos baixem os seus subsídios agr�colas para 12 mil milhões de d�lares e que a União Europeia flexibilize os seus mercados no sector da agricultura. Mas, tanto a União Europeia, como os Estados Unidos, querem que o Brasil flexibilize os seus mercados ao nível. da ind�stria e dos serviços", apontou o chefe de Estado brasileiro, defendendo, depois, "uma proporcionalidade que leve em conta o produto interno bruto de cada país". S�crates concordou com Lula de que o trabalho t�cnico da ronda de Doha, que as principais questáes estáo identificadas e que resta a decisão pol�tica. "Procuramos uma regula��o da globaliza��o e um equil�brio entre liberaliza��o e incentivos ao desenvolvimento", disse o primeiro-ministro, referindo depois que um acordo está muito dependente "da redu��o dos subsídios agr�colas por parte dos países desenvolvidos". Na perspectiva do chefe do Governo portugu�s, a redu��o dos subsídios dever� permitir "um acesso aos mercados dos países mais desenvolvidos por parte dos menos desenvolvidos". "Isso � absolutamente justo. H� um excesso de ajudas estatais no sector agr�cola dos Estados Unidos e de alguns países europeus. A compensa��o será uma maior abertura dos mercados dos países menos desenvolvidos aos produtos industriais", declarou, antes de deixar uma mensagem: "As negocia��es ainda não acabaram e a minha convic��o � que um acordo comercial pode estar perto, porque � bom para todas as partes", advogou o chefe do Governo portugu�s. Na questáo dos biocombust�veis, o presidente do Brasil referiu a import�ncia do acordo alcan�ado teráa-feira entre a Petrobr�s e Galp Energia para a produ��o de 300 milhões de litros (150 milhões para cada país), manifestando a sua convic��o de que "o mundo irá curvar-se ao mercado dos biocombust�veis". De acordo com Lula, a utiliza��o dos biocombust�veis será uma poderosa arma no combate � pobreza em �frica ou na Am�rica Central. A este respeito, disse que um emprego criado numa ind�stria brasileira de biocombust�veis corresponde a mil empregos no campo. Por sua vez, S�crates afirmou que os biocombust�veis "são a resposta inteligente para reduzir as emissões de CO2", sobretudo no sector dos transportes". "A meta da União Europeia � usar 10 por cento de energia com base em combust�veis até 2020, sendo a meta de Portugal mais ambiciosa, porque queremos atingir este valor até 2010", apontou. Ao nível. dos investimentos externos, Jos� S�crates disse ver com "bons olhos" a possibilidade de a Portugal Telecom e a brasileira Telemar fazerem uma parceria no mercado das telecomunica��es e referiu-se � presença de algumas das melhores empresas brasileiras em Portugal (como a Embraear). "As rela��es empresariais t�m crescido nos �ltimos anos em benef�cio de Portugal e do Brasil", advogou o primeiro-ministro, numa perspectiva Também partilhada por Lula. "� importantes mais investimentos brasileiros em Portugal e mais empres�rios portugueses no Brasil", disse, deixando no entanto uma advert�ncia a Portugal, embora usando um estilo de humor. "S� pe�o que os portugueses não comprem todas as terras boas das praias brasileiras, porque os portugueses estáo comprando tudo", observou. Na entrevista, o primeiro-ministro, Jos� S�crates, voltou a defender que o Brasil se torne em breve membro permanente do Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas, embora sublinhando que a União Europeia não tem posi��o definida sobre esta matéria. Contudo, para S�crates, " como a ordem mundial está mudar com uma velocidade vertiginosa, as instituições mundiais Também t�m que mudar". "Penso que a nossa entrada vai acontecer com uma reforma das Na��es Unidas, para que seja uma instituição multilateral e equilibrada", sustentou o presidente do Brasil.
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