O podcast da Syngenta Portugal revela os desafios da atual campanha de tomate de indústria.
Sugal apela às organizações de produtores de tomate para estabelecerem um plano coletivo de plantação semanal.
No segundo episódio do ‘Alimentar com Inovação’, o podcast da Syngenta Portugal, os convidados da jornalista Nélia Silva são três especialistas em tomate de indústria.
Pedro Barata, diretor-geral da Sugal, Pedro Pinho, CEO da Suporte Agrícola Lda e consultor da Sogepoc, e Nuno Zibaia, técnico comercial da Syngenta no Ribatejo, fazem o diagnóstico dos desafios e das oportunidades da produção e transformação de tomate em Portugal.
“Para conseguirmos manter a sustentabilidade ambiental e económica da cultura do tomate indústria temos que trabalhar numa linha de conceito mais regenerativo”, alerta Pedro Pinho, consultor da Sogepoc.
A Syngenta está a apoiar a Sogepoc e a Sugal, e outros agricultores, na transição para um modo de produção regenerativo, centrado na saúde do solo e das plantas, através de soluções convencionais e biológicas; de ferramentas de apoio à decisão integradas na sua plataforma de agricultura digital Crop Wise; de formação em aplicação segura de fitofármacos e em calibração de pulverizadores e com o projeto TomAC.
O projeto de investigação aplicada TomAC- Produção Sustentável de Tomate para Indústria através da Aplicação dos Princípios da Agricultura de Conservação decorreu nas três últimas campanhas, na Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, dinamizado pela Syngenta, em parceria com a Sogepoc, a Sugal, a Universidade de Évora e a APOSOLO.
Nuno Zibaia, técnico comercial da Syngenta no Ribatejo, explica em que consiste a segunda fase deste projeto: “O TomAC 2.0. visa explorar o equilíbrio entre a produtividade e a sustentabilidade da cultura do tomate a curto, médio e longo prazo. Uma das metas do TomAC 2.0. é medir todos esforços de sustentabilidade em campo para aumentar a transparência do report ESG na cadeia de valor”.
“Acreditamos que o TomAC 2.0. vai ser um plus na produção de tomate e pela certificação que nos vai permitir ter”, afirma Pedro Barata, diretor-geral da Sugal, que este ano celebra o 80º aniversário da marca de tomate Guloso.
Em 2025, a Sugal produziu 2100 hectares de tomate para indústria no âmbito de parcerias com a produção. “Acreditamos que inovar também é estabelecer parcerias, relações mais próximas com a produção para partilhar conhecimento e superar desafios. Estamos a relançar o Centro de Excelência Ag Innov, incluindo ensaios de variedades e o projeto TomAC 2.0, para produzir mais e melhor com menos custos”, revela Pedro Barata.
O diretor-geral da Sugal alerta para a necessidade de as organizações de produtores de tomate de indústria estabelecerem um plano de plantação semanal com os agricultores, de modo a evitar a concentração da colheita em duas a três semanas, o que pode criar problemas na receção do tomate nas fábricas, algo que se teme possa vir a suceder este ano.
“Se as fábricas não tiveram a capacidade de processar todo o tomate colhido naquela semana, vamos atrasar a colheita, o tomate pode entrar em sobre maturação e já não é bom para o produtor, que está a perder produção no campo, nem para a indústria, que está a receber tomate sobre maduro”, afirma Pedro Barata, concluindo que “para ser bom para todos tem de haver planificação e essa planificação não pode ser só individual, deve ser coletiva”.
Veja o episódio ‘Tomate de indústria – construir o futuro com os pés na terra’ no Youtube.
Fonte: Syngenta