O forte temporal que afetou a região de Trás-os-Montes provocou elevados prejuízos, sobretudo na vinha e no olival. A torrente de água de um ribeiro no concelho de Murça acabou por derrubar uma ponte e em Bragança os produtores de maça falam em destruição quase total da produção.
Cerca de 15 Minutos de chuva e de intenso granizo foi quanto bastou para arrasar culturas, terrenos e caminhos. A queda de uma ponte na localidade de Ribeirinha, em Murça, é um dos lados mais visíveis do temporal que esta terça feira afetou o concelho, em Vila Real.
Naquela região, o levantamento dos prejuízos ainda não está concluído, mas quem perdeu tudo não vê outra alternativa senão pedir ajuda ao Governo.
A chuva começou a cair no domingo, numa zona que já tinha sido fustigada pelos incêndios de julho do ano passado. As previsões do IPMA continuam a apontar para novas trovoadas, pelo menos, até sexta feira.
Com um total estimado de 800 hectares, esta quarta-feira os técnicos da Direção Geral da Agricultura para fazerem a avaliação de estragos.
Estragos em Bragança
Nos últimos cinco dias, a queda de granizo em Carrazeda de Ansiães desta terça-feira foi a terceira a afetar a região, uma zona que concentra grande produção de maçã. Desta vez, 90% da área do concelho foi afetada.
Praticamente só se salvaram os poucos pomares que estão protegidos com telas anti-granizo. A fruta que estava em crescimento ficou irremediavelmente perdida e sem qualquer valor comer comercial.
Segundo Luís Vila Real, da Associação Fruticultores de Carrazeda de Ansiães, os prejuízos são avultados e os seguros apenas cobrem entre 25 a 30% das perdas.
De acordo com as previsões para esta região, a chuva intensa e a queda de granizo vão continuar nos próximos dias. Mas com a quase totalidade da produção de maçã perdida isso já não irá fazer grande diferença.