Todos nós compreendemos facilmente o “Sol na eira e chuva no nabal”, mesmo que não estejamos treinados em ter de gerir a necessidade de secar e debulhar a colheita dos cereais e ao mesmo tempo pôr o nabal na terra, actividades que coincidem no tempo, dando origem à necessidade do Sol para secar e debulhar e à da chuva para desenvolver o nabal.
Mas apenas um partido tomou como seu programa político essencial a reivindicação permanente de Sol na eira e chuva no nabal.
É o partido que no Verão é contra as barragens porque a água se evapora, mas no Inverno defende uma cidade esponja, assente em bacias de retenção da água da chuva, o inigualável Bloco de Esquerda.
Para mim, para quem a política consiste em encontrar soluções para secar e debulhar os cereais quando chove, ou viabilizar o nabal quando falta a chuva, o Bloco estará sempre, sempre no meu coração: sempre tive um enorme respeito por quem faz o que sei que nunca seria capaz de fazer.
O artigo foi publicado originalmente em Corta-fitas.