Indústria papeleira e de papelaria continua a enfrentar percalços e a ter de se adaptar às novas exigências.
Com mais de meio século de existência, a Ancor – uma das maiores fabricantes de artigos de papelaria da Península Ibérica – orgulha-se de exportar os seus produtos para mais de 30 países e de ter encerrado o ano passado com um volume de negócios de cerca de 16,8 milhões de euros, tendo a área de papelaria representado mais de 90% do seu volume de vendas.
Apesar dos bons resultados, como diz ao Dinheiro Vivo o gerente da empresa, Francisco Correia, a conjuntura económica afetou significativamente a atividade da companhia, principalmente devido à escassez e aumento dos custos do papel. “A forte procura ao longo de 2022 levou a uma situação descontrolada de aumento de preços, tornando impossível saber o preço de compra do papel até recebermos a fatura do mesmo”.
O que acabou por afetar a margem de lucro da papeleira, já que não foi possível refletir todos os impactos dos aumentos das matérias-primas nos preços de venda. “O facto de este aumento ter acontecido de forma contínua, descontrolada e imprevisível levou a uma impossibilidade de transferir todos estes […]