O SinFAP – Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil, manifesta a sua indignação e revolta perante a falta total de medidas de valorização dos Sapadores Florestais por parte do Governo e da Assembleia da República, após o fim de mais uma época de incêndios em que estes profissionais voltaram a demonstrar dedicação, competência e coragem.
Mais uma vez, o Estado esquece quem está na linha da frente da defesa da floresta e das populações. Durante o verão, os Sapadores Florestais são elogiados; no resto do ano, são ignorados e deixados para trás. O SinFAP não aceita que o trabalho, o risco e o sacrifício destes profissionais continuem sem reconhecimento, sem valorização e sem justiça.
O SinFAP tem apresentado várias propostas concretas — discutidas, fundamentadas e entregues às entidades competentes — que apontam caminhos claros para a dignificação da carreira/estatuto profissional dos Sapadores Florestais. Entre elas:
• Criação da Carreira e do Estatuto Profissional, que reconheça a profissão de Sapador Florestal;
• Aumento urgente dos salários e correção das desigualdades face a funções equivalentes na proteção civil;
• O reconhecimento oficial como profissão de desgaste rápido, devido à exigência física, mental e emocional da atividade;
• A implementação de um subsídio de risco, que reflita a exposição diária a situações perigosas e de elevada complexidade;
• Melhoria das condições de trabalho e reforço de meios;
• Formação contínua e certificada.
Paralelamente, o SinFAP lançou uma petição pública pelo Reconhecimento do Desgaste Rápido e Subsídio de Risco a Bombeiros e Sapadores Florestais, que se encontra em curso e aberta à subscrição de todos os cidadãos.
Esta iniciativa pretende que o Governo e a Assembleia da República assumam, de forma clara, que estas são profissões de risco, exigentes e com impacto físico e psicológico profundo, devendo, por isso, ter um estatuto de aposentação específico e digno.
O SinFAP continuará na luta, ao lado dos trabalhadores, pronto para intensificar as ações de protesto e reivindicação até que o Governo e o Parlamento deixem de tratar os Sapadores Florestais como mão-de-obra descartável e passem, finalmente, a reconhecê-los como pilares fundamentais da proteção civil e da floresta portuguesa.
Fonte: SinFAP











































