A startup com sede no Fundão quer multiplicar biofábricas até às quatro unidades de produção até final do próximo ano. Além do Fundão, quer unidades no Porto, Lisboa e Algarve.
A startup portuguesa Shimejito captou uma ronda de investimento seed no valor de 10,5 milhões de euros (12,8 milhões de dólares). Com o investimento, a norte-americana GF Capital fica com 40% da empresa que desenvolveu uma tecnologia que permite a qualquer pessoa ser produtora de cogumelos. O investidor tem ainda a opção de realizar a série A de investimento por mais 30 milhões de dólares (e mais 10% da empresa).
Fundada em 2017 pelo brasileiro Adriel Oliveira, a empresa tem como base princípios da economia circular, agricultura vertical e descentralização da produção/distribuição de cogumelos. “Desenvolvemos tecnologia para que qualquer pessoa possa tornar-se num produtor de cogumelos do futuro, com um negócio muito rentável e amigo do ambiente”, explica o fundador da empresa, sublinhando que as fábricas produzem para produção própria e também para o ecossistema local.
A primeira ronda de investimento angel, no valor de 20 mil euros, foi recebida durante o Web Summit, em 2018. Esta nova ronda vai acelerar a consolidação do mercado português — onde a empresa quer assegurar 20% como distribuidora e produtora –, assim como permitir a diversificação de produtos, além de planificar a expansão da startup para os Estados Unidos.
Além da produção de cogumelos nas suas farms (as estufas), a Shimejito produz aditivos biológicos, à base de micélio, nas suas biofábricas, que podem ser utilizados em jardinagem e plantações, eliminando a necessidade de utilização de produtos químicos na agricultura e tornando as colheitas mais sustentáveis e qualificáveis como biológicas.
Neste momento, a startup tem uma biofábrica no Fundão, que conta com três estufas de cogumelos. A ronda de financiamento vem ajudar na construção da nova biofábrica, no Porto, e de mais dez estufas sendo que a primeira já está em instalação, em Matosinhos.
O objetivo da empresa passa por expandir a produção para quatro biofábricas (Fundão, Porto, Lisboa e Algarve) com pelo menos 40 estufas.