Os concelhos de Lagos, Portimão, Monchique, Silves, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira, no distrito de Faro, apresentam hoje perigo máximo de incêndio rural, bem como alguns locais da ilha da Madeira, segundo o IPMA.
Mais de 50 concelhos dos distritos de Faro, Beja, Lisboa, Santarém, Castelo Branco, Portalegre, Guarda, Bragança, Vila Real e Viseu estão hoje em perigo muito elevado de incêndio, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O Instituto colocou também vários concelhos de todos os distritos do continente, exceto Viana do Castelo, em perigo muito elevado de incêndio.
Devido ao tempo quente, o perigo de incêndio vai manter-se elevado pelo menos até sábado.
O IPMA colocou em perigo máximo de incêndio rural a costa sul da ilha da Madeira, que está sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de três, até às 20:00 de hoje devido ao tempo quente.
Em comunicado, o IPMA refere que “ação conjunta de um anticiclone localizado a nordeste do arquipélago dos Açores, que se estende em crista até ao Golfo da Biscaia, e de um vale depressionário localizado entre o norte de África e a Península Ibérica, permite o transporte de uma massa de ar quente e seco até ao arquipélago da Madeira”.
Estão previstos nos próximos dias valores da ordem de 30 graus Celsius na generalidade do arquipélago, que nas vertentes sul podem atingir valores da ordem de 35 graus.
Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, obscurecido por partículas de fumo, provenientes dos incêndios no Canadá, vento por vezes forte no litoral oeste e descida de temperatura na região Sul, em especial no litoral oeste.
As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 16 graus Celsius (em Viana do Castelo e Braga) e os 24 (em Castelo Branco) e as máximas entre os 27 graus (em Aveiro) e os 40 (em Évora).
Desde o início do ano, as 3.816 ocorrências de fogo já afetaram 8.729 hectares de espaços rurais.