Governo não vai autorizar mais culturas permanentes de olival, abacate e frutos vermelhos e prepara-se para pedir mobilização extraordinária da reserva agrícola a Bruxelas.
Portugal vai pedir a Bruxelas a mobilização extraordinária da reserva agrícola europeia, numa altura em que «os agricultores atravessam momentos particularmente difíceis» e a seca severa ou extrema, que cobre 40% do território nacional, coloca a produção alimentar em risco. «Está inscrito na agenda do Agrifish [reunião do Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia, que tem lugar na terça-feira] um ponto com o nosso pedido, que Espanha, França e Itália subscrevem, em que solicitamos que a Comissão Europeia dê um sinal claro de preocupação em relação à utilização de água como recurso fundamental para produzir alimentos», afirmou a ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, alertando que «a produção alimentar está ameaçada» não só em Portugal, mas noutros Estados-membros.
Face a este cenário, a governante afirmou que o assunto irá ser discutido com a Comissão Europeia. A ideia passa por apresentar medidas concretas, nomeadamente para o setor pecuário altamente afetado pelos preços das rações, assim como pela hipótese de acionar a reserva agrícola que dispõe de cerca de 400 milhões de euros por ano em relação ao extra-Política Agrícola Comum (PAC).
E, numa resposta imediata, o ministério revelou que vai ser publicado, dentro de dias, um despacho que «não autoriza […]