Decisão aplica-se ao Alentejo e ao Algarve. Ministério da Agricultura vai incentivar culturas menos consumidoras de água, mas admite que as intensivas são importantes para a “balança de pagamentos”.
O céu de Beja anunciava borrasca quando a ministra da Agricultura e Alimentação (MAA), Maria do Céu Antunes, chegou ao início da tarde desta terça-feira à sede da EDIA em Beja, para presidir ao debate “Alqueva Sustentável”. No entanto, parece evidente, que a chuva dos últimos dois dias apenas irá contribuir para recuperar algumas pastagens e pouco mais, asseguram os agricultores. Ainda assim, alguns acreditam que haverá charcas que receberão alguma água necessária ao abeberamento do gado nos próximos meses.
As expectativas não são muito optimistas. O presidente da EDIA, José Pedro Salema, recorreu a um mapa meteorológico para demonstrar como as chuvas dos últimos dias não representaram “afluências significativas” para as reservas de água da região. Os dados já recolhidos pela EDIA confirmam isso mesmo: enquanto num ponto do concelho de Beja (albufeira de Cinco Reis) a precipitação atmosférica foi de 25 milímetros (mm), a cinco quilómetros foram registados 5 mm e na Aldeia da Luz (Mourão) apenas um mm.
Os solos do Alentejo, pese embora os aguaceiros que esporadicamente se abatem sobre a região, vão continuar secos, dadas as temperaturas elevadas que persistem, fenómeno que provoca intensa evapotranspiração. Maria do Céu Antunes explicou na sua intervenção de abertura no debate as […]