Criadores sem pastos duplicam gastos com feno e rações. Para não deixarem morrer forragens, há quem gaste 600 metros cúbicos de água por mês.
Pela primeira vez em 20 anos de exploração agropecuária, Júlio Ambrósio foi forçado a acionar o sistema de rega das pastagens logo em janeiro. O que era um procedimento pontual durante o mês de agosto passou a ser crónico devido à seca. “Atualmente ligo o sistema três dias por semana durante dez horas”, precisa o pastor que gasta 1600 metros cúbicos de água por mês para não deixar morrer as forragens de vez.
“Já devíamos estar a guardar pastos para colher forragens pelo S. João e junho e já estamos a comprometer a alimentação do próximo inverno”, evidencia o homem que possui 1020 cabeças de gado e tem na aldeia de Prados, Celorico da Beira, o maior rebanho de ovelhas bordaleiras de toda a área demarcada da serra da Estrela. […]