Os produtores de girassol estão ameaçados pelos pardais, depois de o ICNF os proibir de espantarem as aves com armas de fogo. Em análise está uma alternativa que passa pelo uso de cartuxos não letais que trocam o chumbo pelo trigo.
A campanha de girassol mostra-se generosa em sementes, mas, este ano, os produtores deparam-se com um receio que pode afetar a safra. O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) não autorizou o espantamento de aves com recurso a armas de fogo, o que traduzirá um escancarar de portas a banquetes para pardais, assim que as sementes estiverem maduras.
Vasco Abreu, da Nutriprado – empresa que aposta na agricultura sustentável – sacode o pólen com a mão para mostrar como a flor está carregada do que vulgarmente é conhecido por “pipas”, num cenário otimista transversal aos 50 hectares às portas de Elvas, nas margens do rio Guadiana.
“Se não espantarmos os pardais, eles vão comer os girassóis todos e há um prejuízo enorme”, alerta o empresário, sem perder de vista as vicissitudes de quem produz girassol à beira rio, especialmente agora que o Guadiana vai de leito cheio. “O rio faz que com tenhamos sempre muitos pássaros por aqui e temos que os espantar para salvar uma cultura que está cá há mais de 20 anos”, insiste, revelando que os pardais estão em maioria, mas há outras espécies consumidoras de sementes
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