A produção de abacate está a passar do hemisfério sul para o do norte. Em Espanha a temporada começou recentemente com a colheita dos primeiros abacates “Bacon” em Málaga e Granada. Itália seguirá pouco depois e também no México a época alta está prestes a começar.
O abacate continua a ter muito sucesso entre os consumidores e é difícil equilibrar a oferta e a procura. Esta temporada registaram-se alguns obstáculos, com a redução do volume de produção no Chile na ordem dos 25% e dos 30% na África do Sul. A Califórnia espera outra colheita recorde este ano. Além disso, a produção de abacates está a crescer na Colômbia e a Austrália e Nova Zelândia têm planos ambiciosos.
Produção
Espanha. A campanha arranca com os primeiros “Bacon”
A temporada espanhola começou em Málaga e Granada com a colheita dos primeiros abacates “Bacon”. Em geral os rendimentos este ano são mais baixos, sobretudo por ser um ano “off” para a cultura e as temperaturas de verão terem sido demasiado altas.
As próximas variedades a serem colhidas serão a “ Forte” e a “Hass”, a variedade mais plantada em Espanha. As condições de mercado são boas para os abacates espanhóis de pele verde. Há uma boa procura e um preço razoável.
México. Temporada alta está a começar
O México produz abacate todo o ano, com especial destaque para a variedade “Hass”. A maior região produtora é Michoacán, de onde provém 80% desta fruta. A segunda é Jalisco, que não pode exportar para a China e os Estados Unidos, pelo que os seus principais mercados de exportação são o Japão, Canadá e Europa. A época alta vai de outubro a janeiro.
Este ano houve uma procura estável e bons volumes, se bem que a popularidade do abacate tem dificultado o equilíbrio entre a oferta e a procura. Espera-se uma queda de preços consoante cheguem mais volumes ao mercado.
Chile. Volume desce 25% devido à seca
Os principais mercados de exportação do Chile são os EUA e a China, e a seca registada este ano reduziu o volume e os calibres em 25%. A produção vai de setembro a fevereiro, tendo de competir com o México na sua época alta. O mercado nacional também é importante para o Chile. Devido à seca, alguns produtores optaram por não alargar as explorações e outros até mudaram de culturas como a cereja e o mirtilo que requerem menos água que o abacate.
Mercado
China continua com as exportações em grande escala
Na China são poucas as zonas onde se podem produzir abacates e, além disso, o volume é pequeno e a qualidade nem sempre estável. Assim, o país depende das importações, nomeadamente do México, China e Peru.
Publicado em: Freshplaza.es
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