Os ciclos recorrentes de incêndios, cada vez maiores em área e intensidade, levam a mais abandono do território rural que, não sendo gerido, potencia mais incêndios de grandes dimensões.
A atual gestão da floresta para a prevenção de incêndios em Portugal, apesar de ter melhorado nos últimos anos, ainda está longe de ser sustentável tanto do ponto de vista económico, como social e ambiental.
Esta afirmação é reforçada por um olhar regressado há dias das serras do norte do país. O que se vê são milhares de hectares de área recentemente ardida; extensões ininterruptas de floresta jovem que regenerou após o fogo, mas sem valor comercial, e, ao mesmo tempo, sem interesse para conservação por se tratar de áreas dominadas por espécies exóticas; e, pontualmente, nos vales, alguns redutos do tradicional sistema agro-silvo-pastoril, ou seja, paisagens com parcelas de agricultura interrompidas por áreas de pasto e de floresta autóctone.
Os ciclos recorrentes de incêndios, cada vez maiores em área e intensidade, levam a mais abandono do território rural que, não sendo gerido, potencia mais incêndios de grandes dimensões. As paisagens passam a ser dominadas por uma grande continuidade de elevadas cargas de combustível, na maior parte das vezes com espécies de […]