Portugal comercializou 515.434 arrobas de cortiça em 2024, o valor mais baixo dos últimos 13 anos, enquanto o custo de extração está em máximos, segundo dados da plataforma de preços dos produtos florestais.
O arroba é uma medida utilizada em países como Portugal ou Espanha para pesar produtos como cortiça, cereais ou gado bovino. Esta medida não é padronizada, mas, em Portugal, um arroba representa cerca de 15 quilogramas (Kg).
De acordo com os dados da plataforma de preços dos produtos florestais da União da Floresta Mediterrânica (UNAC), Portugal comercializou 515.434,63 arrobas de cortiça em 2024, o valor mais baixo, pelo menos, desde 2011 (primeiros dados disponíveis), quando se contabilizaram 16.391.860 arrobas de cortiça.
Já o custo de extração atingiu em 2024 os 7,66 euros por arroba, o valor mais alto também desde 2011, quando estava em 1,13 euros.
Entre 2011 e 2024, o preço médio da cortiça sofreu várias oscilações, tendo atingido o seu máximo em 2023 (41,43 euros por arroba).
No sentido oposto, o valor mais baixo remonta a 2011 (22,40 euros por arroba).
Já no ano passado o preço médio ficou nos 34,32 euros por arroba.
Em 2024, 82,11% da extração ficou a cargo do vendedor e 17,89% do comprador.
Quanto ao método de comercialização destaca-se, neste ano, a pesagem em pilha (48,71%), seguida pelo carregamento com desconto de humidade (32,36%), pesagem em cordão ou armazenamento a granel (18,42%) e a cubicagem em pilha – após 21 dias (0,5%).
A UNAC reúne as associações de produtores florestais dos espaços mediterrânicos, que ocupam perto de dois milhões de hectares do território português, representando mais de 700.000 hectares de áreas agroflorestais e cerca de 1.200 produtores.