Especialistas alertam para a conjugação do calor e dos incêndios e os efeitos na saúde.
A onda de calor que está a assolar a Europa está a reter os poluentes atmosféricos, causando a degradação da qualidade do ar, especialmente nas cidades, alerta a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
“Uma atmosfera estável e estagnada atua como uma tampa que retém os poluentes atmosféricos”, disse o cientista da OMM Lorenzo Labrador, em conferência de imprensa hoje em Genebra.
Em resultado, há uma degradação da qualidade do ar, sobretudo nas cidades, que, por sua vez, tem efeitos nefastos para a saúde, principalmente nas pessoas vulneráveis, alertou.
Onda de calor e incêndios em Portugal e Espanha
A Península Ibérica está a viver dias de calor intenso e de fogos florestais, assim como a França e a Grécia.
O mês de julho tem sido mais quente que nos outros anos – 47ºC é o novo máximo atingido no mês de julho
“Mortalidade excessiva”
Entre 7 e 13 de julho, Portugal registou um “excesso de mortalidade” devido à onda de calor, com 238 mortes numa semana
A Direção-Geral da Saúde (DGS) avançou que, segundo dados provisórios, foi registado um excesso de mortalidade em Portugal, com 238 óbitos, de 7 a 13 de julho.
A responsável lembrou que as temperaturas do ar extremas dos últimos dias podem provocar desidratação ou descompensação de doenças crónicas.
