O PS manifestou-se hoje disponível para viabilizar projetos de lei para a valorização dos bombeiros, enquanto o PSD se manifestou contra “medidas avulsas”, que não vão “resolver o problema de fundo”.
No início do debate sobre projetos do Chega, PS, PCP, CDS-PP, BE e PAN para valorizar os bombeiros, o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, pediu coragem aos restantes partidos para aprovar as suas propostas, defendendo que os incendiários devem ser equiparados a terroristas e a profissão de bombeiro deve ser reconhecida como de risco e de desgaste rápido.
Pedro Pinto acusou o Governo de tratar os bombeiros “como se fossem descartáveis” e de só se lembrar da sua importância no verão, e acusou a ministra da Administração Interna de “não ter capacidade para o cargo”.
Pouco depois desta intervenção, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, considerou que as propostas do Chega são “tal e qual cheques sem cobertura: prometem muito, mas na verdade não pagam nada”.
“O senhor deputado Pedro Pinto sabe quanto custa cada uma das propostas que aqui apresentou? Sabe e pode elencar as medidas que este Governo já tomou em nome dos bombeiros e das corporações de bombeiros deste país?”, perguntou, com o deputado do PSD João Antunes do PSD a frisar que “aprovar medidas avulsas não vão resolver o problema de fundo” e a contrapor que são necessárias “soluções duradouras, estáveis e de futuro”.
Já o deputado do PS André Rijo defendeu que deve ser um “desígnio nacional” discutir “com seriedade” questões como assegurar “boas condições de financiamento para as associações humanitárias de bombeiros voluntários” e garantir que se “aprofunda o caminho de profissionalização dos bombeiros”, afirmando que é isso que se propõe num projeto de resolução que o seu partido levou a debate.
“A postura do PS neste debate, importante, é a postura de sempre: apresentamos propostas construtivas e bastante concretas e não inviabilizaremos as iniciativas que visem melhorar as condições de financiamento para as associações humanitárias e que valorizem o papel dos bombeiros na sociedade portuguesa, porque isso é da mais elementar justiça fazer-se”, afirmou.