O PS questionou hoje o Governo sobre o aparecimento de peixes mortos numa barragem em Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, e se a qualidade da água é segura para o consumo público.
A pergunta, assinada por 10 deputados do Grupo Parlamentar do PS, entre eles Luís Moreira Testa, eleito pelo círculo de Portalegre, é dirigida à ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e foi consultada hoje pela agência Lusa na página de Internet da Assembleia da República.
No documento, os parlamentares aludem a notícias recentes que dão conta “do surgimento de centenas de peixes mortos nas margens da Barragem de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide”.
“Tal facto levanta dúvidas sobre possíveis causas ambientais ou de poluição que possam estar a afetar o ecossistema da albufeira”, pode ler-se.
Segundo os subscritores da pergunta, “trata-se de uma situação particularmente preocupante”, já que esta barragem “assegura o abastecimento de água a vários concelhos da região – Nisa, Gavião, Ponte de Sor, Crato, Alter do Chão, Fronteira, Avis e Sousel – colocando inevitavelmente em causa a confiança das populações na segurança do recurso hídrico”.
Os deputados exigem, por isso, explicações do Governo sobre se o Ministério do Ambiente está a acompanhar a situação e também se “assegura que a qualidade da água fornecida pela Barragem de Póvoa e Meadas neste momento é segura para o consumo humano”.
“Está prevista a realização de monitorização reforçada da qualidade da água da barragem nas próximas semanas?” questionam ainda os socialistas.
No documento, os deputados perguntaram ainda ao ministério tutelado por Maria da Graça Carvalho que ações imediatas estão a ser tomadas para remover os peixes mortos e evitar riscos sanitários ou impactos negativos no turismo local.
Na segunda-feira, em comunicado, a Câmara de Castelo de Vide, alertou para a existência de peixes mortos na Barragem de Póvoa e Meadas e, na altura, noticiou a Lusa, disse não possuir “dados concretos” para identificar a origem do problema.
No mesmo comunicado, assinado pelo presidente do município, Nuno Calixto, e publicado nas redes sociais da autarquia, foi explicado que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha sido “devidamente contactada e [se encontrava] a par da situação”.
A câmara notou ter mobilizado meios para o local, com o objetivo de “avaliar o sucedido e implementar as primeiras medidas consideradas necessárias”.
Também na segunda-feira, em comunicado, a APA informou não ter sido “detetado qualquer foco de descarga” de águas residuais ou contaminação nas imediações da barragem, onde surgiram centenas de peixes mortos da espécie alburno.
“A APA, no âmbito do cumprimento das suas competências e atribuições na área dos recursos hídricos, encontra-se a acompanhar a situação, quer no terreno, quer através da realização de análises laboratoriais às amostras de água recolhidas, no intuito do despiste das razões desta ocorrência”, referiu a agência, como noticiou a Lusa na altura.
A APA indicou ainda que iriam ser “recolhidos alguns peixes para entrega, no mais curto espaço de tempo, em laboratório especializado”.












































