A Comissão Europeia quer que o Governo justifique bem a necessidade de incluir uma barragem e obras rodoviárias no Plano de Recuperação, que valem em conjunto cerca de 900 milhões de euros.
O Governo confirma que “a Comissão Europeia tem levantado questões quanto à inclusão de investimentos em vias rodoviárias e do investimento no projeto da barragem do Crato”, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Em resposta ao Observador, o gabinete do Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, indica que, “para a Comissão Europeia, não estão suficientemente fundamentados enquanto projetos estruturais ligados às reformas e não estão suficientemente esclarecidos os impactes ambientais”.
Questionado como é que o Governo responde a essa pressão europeia e se admite deixar cair algum projeto, o ministério diz apenas que “o Governo responde esclarecendo as dúvidas da Comissão Europeia”. Não esclarece se há obras que podem ficar pelo caminho.
Mas há ou não no regulamento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência algum impedimento às referidas obras? “Na opinião do Governo, não”, responde o gabinete, que também entende que esses projetos, presentes no Plano de Recuperação e Resiliência português, não contrariam o