O Projeto de Apoio às Fileiras Agrícolas de Exportação (PAFAE), financiado pela União Europeia, formou 17 empreendedores são-tomenses, dos quais 15 vão receber uma subvenção de 7.500 euros cada para concretizar ou melhorar os seus negócios.
A formação em Gestão, Planos de Negócio e Pitch, decorreu entre 22 de janeiro e 01 de março, na ilha de São Tomé e na Região Autónoma do Príncipe e contou com a participação ativa de 17 micro empreendedores pré-selecionados, nomeadamente mulheres e jovens, no âmbito do Projeto de Apoio às Fileiras Agrícolas de Exportação (PAFAE) de São Tomé e Príncipe.
O projeto PAFAE é financiado pela União Europeia, co-financiado pela Cooperação Portuguesa e concretizado pelo Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) em estreita parceria com o Ministério de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca (MADRP).
“Sabemos que deter conhecimento em gestão é uma mais-valia, que saber criar e utilizar um plano de negócio bem estruturado permite acompanhar a concessão de uma ideia até a sua execução eficaz no mercado, e que um “pitch” [argumento de venda] convincente é essencial para atrair parceiros e investidores que possam apoiar o crescimento e a expansão de um empreendimento”, sublinhou a representante da Cooperação Portuguesa no ato de entrega de certificados, Inês Serrano.
Os negócios ou ideias de negócio estão ligados ao setor agrícola, nomeadamente à agro-transformação, à comercialização e à produção agrícola.
Segundo o adido de cooperação da União Europeia para Gabão e São Tomé e Príncipe, Davide Morucci, o projeto inclui atividades como “o apoio à criação de negócios tendo por base os produtos locais e ou atividades das fileiras agrícolas de exportação, reforço de negócios já existentes através de aquisição de máquinas, equipamentos, insumos e materiais, realização de pequenas obras nos locais e infraestruturas de produção”.
O ministro são-tomense da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca, Abel Bom Jesus, que também é um empreendedor no ramo agrícola, encorajou os empreendedores dedicarem-se aos seus negócios para alcançarem o sucesso.
“Não é fácil, mas eu quero-vos dizer que é na dificuldade que nós encontramos oportunidade (…), não precisam ter dinheiro para começar o negócio, nós começamos com a ideia (…), a ferramenta que precisam é a ideia, é a atitude, o hábito de levantar cedo e abdicar de muitos prazeres da vida para investir no negócio que vocês querem”, disse Abel Bom Jesus.
“A formação foi muito boa, foi excelente, capacitou-nos bastante em termos de conhecimentos para levar o nosso negócio para frente”, disse uma das representantes dos empreendedores, Maria José.
Ladsiney Fernandes, que tem um negócio de transformação de mandioca, considerou que a o projeto é “mais uma prova inequívoca de que a União Europeia esta preocupada com o meio ambiente”, na medida em que, durante a formação, apreenderam que “os projetos devem ser sustentáveis, sobretudo para a proteção do meio ambiente e mudanças climática”.