| COMUNICADO        DE IMPRENSA    Programa        de Desenvolvimento Rural, PDR, do MADRPUm PDR que, de facto, � um anti-PDR…
As        percentagens das verbas públicas � estas num total de 4 541, 5 milhões        de euros — que, � partida, o MADRP quer destinar aos v�rios Eixos /        sub- Programas do novo PDR, Programa de Desenvolvimento Rural, 2007 �        2013 � são para atribuir na seguinte base: 
Sub-Programa            1, da �promo��o da competitividade� – com 45, 8% do total de            verba pública (nacional + comunitária) do PDR para 57, 5 % do total            de investimento; 
Sub-Programa            2 da �gestáo sustent�vel do espaço rural� � com 39,7 %            ; 
Sub-Programa            3 da �dinamiza��o das zonas rurais� e da �abordagem Leader�,            mais o sub-programa 4 com a �promo��o do conhecimento e            desenvolvimento de compet�ncias�, estes dois �ltimos com 14,5% do            investimento público. Isto        para um investimento total (público mais privado) de 6 791 milhões de        euros. Numa        aprecia��o sint�tica �s propostas do MADRP, a CNA reafirma que elas        mant�m, e acentuam mesmo, aquilo que de negativo j� tinham propostas        anteriores, nomeadamente: 
Outras            deveriam ser as percentagens das verbas públicas dos �eixos�,            agora �sub- Programas�, e respectivas medidas, bem como diferentes            deveriam ser determinados crit�rios, por forma a apoiar,            prioritariamente, a Agricultura Familiar e o Mundo Rural.
As            propostas em causa comportam din�micas em que os maiores projectos de            investimento, enquadr�veis no sub-Programa 1, para a grande            agro-ind�stria e turismo de luxo, podem mesmo acabar por concentrar            verbas dos sub-Programas 2, 3 e 4; 
Que            acentuam a discrimina��o negativa da Agricultura Familiar; que            desvalorizam a real import�ncia de sub-sectores produtivos como o da            Pecu�ria exclu�da das fileiras priorit�rias; que tendem para            obrigar os Agricultores a serem produtores quase clandestinos ou meros            fornecedores de matérias-primas para a (grande) agro-ind�stria; 
Que            não estabelecem, no sub-Programa 1, como se recomenda, estámulos            econ�micos ao correcto Ordenamento Florestal a partir de �majora��es�            significativas para as especies de crescimento lento e para os            pequenos e m�dios Produtores Florestais; 
Que            desvalorizam o papel do Associativismo Agr�cola, do Cooperativismo de            base e das organizações Agro-Rurais; que a pretexto de simplificar            alguns processos, de facto eliminam Ajudas públicas importantes para            a Agricultura Familiar (p.ex. Agro- Ambientais) e para as            organizações Agr�colas (presta��o de serviços); que ignoraram a            maior e mais importante parte das propostas que a CNA formulou durante            2005/2006; que até subvertem os objectivos gerais que o pr�prio            MADRP aponta para o �seu� PDR . A        TEORIA DA COMPETITIVIDADE E A ALTERNATIVA Um        dos principais objectivos do MADRP � reduzir o co-financiamento do        Or�amento de Estado nos v�rios sub-Programas e respectivas Medidas. E        isto acontece num contexto em que as condi��es do comparticipa��o da         União Europeia são mais favor�veis do que o foram para o anterior        período, 2000/06, Também porque até h� 320 milhões de Euros        comunitários dispon�veis sem necessidade de co-financiamento        nacional.  Todavia,        � oportuno lembrar que, em 2004 / 05, a  União Europeia j� tinha        decidido aplicar grandes cortes e outras restrições financeiras nos        or�amentos comunitários quando estabeleceu, para os ent�o 25        Estados-Membro, as suas �perspectivas financeiras para 2007 � 2013�,        de onde depois saem as verbas comunitárias para o FEADER (PDR) e o FEAGA        (Ajudas Directas – RPU, Regime de Pagamento único) para o mesmo        período.  Feitas        todas as contas até agora, � em geral reconhecido que 95% das verbas        destinadas ao sector agro-florestal foram parar ao bolso de menos de 5%        dos �agricultores� e da grande agro-ind�stria, ali�s logo desde a        entrada de Portugal na CEE e da Agricultura Portuguesa na PAC. Tendo        sempre como pano de fundo e objectivo oficial apoiar, com dinheiros        públicos e outros privil�gios, os agentes �mais din�micos�, os        projectos com �viabilidade econ�mica�, afinal, os alegadamente �competitivos�. Os        maus resultados desta �estratégia� temo-los bem � vista, com a        ru�na da Lavoura e do Mundo Rural, com a baixa dos rendimentos da larga        maioria dos nossos Agricultores, com a degrada��o da qualidade alimentar        dos Portugueses, com o agravamento cont�nuo do d�fice da balan�a        agro-alimentar de pagamentos.  Por        isso, pode dizer-se que, agora, o MADRP, o Governo e a  União Europeia        não �inventam� nada de novo em torno da �competitividade� e dos        �competitivos�. Quando muito, v�m deitar �vinho velho ( e azedo…)        em vasilhas novas� …  Neste        ambito, a grande concentra��o de investimento público proposta pelo        MADRP para o regadio do Alqueva – com 535 milhões de euros = a quase 12%        de todo o investimento público do PDR – Também significa que, por        exemplo, grandes projectos de turismo de luxo v�o ser financiados por        esta via (ainda que indirectamente) com dinheiros públicos em princ�pio        destinados ao desenvolvimento agro-rural. E, assim, vai faltar dinheiro        público para outros regadios importantes (Baixo-Mondego; Cova da Beira;        …).  Ao        contrário do que desenvolve o PDR do MADRP, um verdadeiro PDR deve travar        e inverter a tend�ncia dominante destes mais de 20 anos de PAC em        Portugal. Passando a atribuir os apoios públicos, prioritariamente, �s        explora��es familiares; � pequena e média agro-ind�stria; �s        infra-estruturas rurais; através de crit�rios de coesão territorial,        ambiental e social e, ainda assim, recorrendo aos mecanismos da �modula��o�        e do �plafonamento� de todos os tipos de Ajudas Públicas, incluindo,        obviamente, os mais de 500 milhões de euros anuais do novo FEAGA � RPU,        Regime de Pagamento único. Ali�s,        como a CNA tem proposto como alternativa.  Neste        contexto, a CNA mant�m a proposta/reclama��o de ser criada uma        ajudabase especial que valorize, objectivamente, a chamada �multifuncionalidade�        das Explora��es Agr�colas Familiares. Esta medida depende, sobretudo,        da vontade pol�tica dos Governantes nacionais até porque, repete-se, h�        320 milhões de Euros comunitários, dispon�veis sem obrigatoriedade de        co-financiamento nacional, e que foram atribuídos pela UE a Portugal,        tendo em considera��o �as particulares dificuldades enfrentadas pela        Agricultura Portuguesa�. MADRP        ATRASA MUITO A DEFINI��O E O ARRANQUE DO FEADER / PDR E DO FEAGA / RPUAssim , o MADRP � j� respons�vel pelos preju�zos que da� possam        advir !
 De        facto, h� um muito preocupante atraso na Campanha para as Candidaturas        dos Agricultores �s Ajudas quer no ambito do RPU, Regime de Pagamento        único, quer do novo PDR, Programa de Desenvolvimento Rural.  No        caso, o MADRP parece querer destruir agora um sistema de presta��o de        serviços aos Agricultores � serviços da responsabilidade do Estado �        que v�rios Governos transferiram para as organizações Agr�colas        sobretudo nos �ltimos dez anos, e com bons resultados como os pr�prios        governantes reconhecem.  Por�m,        o MADRP incorre num grave equ�voco:- ainda não tem, nem montado nem        testado, o sistema alegadamente �alternativo� e apenas fala na        imediata feitura �on-line�, via Internet � banda larga, das        candidaturas dos Agricultores, como se este �on-line� fosse o        objectivo principal, assim confundindo o virtual com a realidade.  Mas,        o maior problema � que, com tais atrasos e indefini��es, o MADRP pode        j� ter comprometido o acesso dos Agricultores a várias Ajudas da PAC,        nomeadamente �s novas Agro-Ambientais das culturas de Outono/Inverno, e        arrisca mesmo o acesso aos cerca de 600 Milh�es de Euros, a que        anualmente podem ascender todas as Ajudas em causa (RPU, Regime de        Pagamento único, mais Desenvolvimento Rural) e, isto, para além de estar        praticamente comprometida a aprova��o das candidaturas, 2007, aos novos        projectos de investimento (PDR) nas Explora��es Agr�colas Familiares        !  além        do mais, o MADRP apresta-se para desmantelar a sua pr�pria estrutura,        designadamente com o encerramento de quase todas as actuais Zonas        Agr�rias e, Também neste caso, sem apresentar as eventuais alternativas. Da        parte da CNA e Associadas a posi��o � clara: 
não            se enjeita, como nunca se enjeitou, as responsabilidades perante os            Agricultores. Assim, a CNA e Associadas continuam dispon�veis Também            neste dom�nio da feitura das candidaturas dos Agricultores �s            várias Ajudas da PAC. 
Por�m,            considerando que se trata de um servi�o da responsabilidade do Estado            Portugu�s e da UE, Também se considera que ao Estado Portugu�s e �            UE compete atempadamente dotar, o sistema das candidaturas �s Ajudas,            dos meios e recursos públicos necess�rios � sua execução eficaz,            de forma a compensar os variados encargos, o grande trabalho e a            pesada responsabilidade que isso implica. 
Perante            os atrasos e indefini��es do processo em que o MADRP persiste, assim            pondo em risco o acesso dos Agricultores Portugueses ao importante            conjunto destas Ajudas � na ordem dos 600 Milh�es de Euros em 2007            – a CNA e as suas Associadas responsabilizam desde j� o Governo            Portugu�s pelos preju�zos que, da situa��o, possam advir para os            Agricultores, para as organizações Agro-Rurais e seus            Colaboradores. 
CNA            j� enviou ao Sr. Ministro da Agricultura um pedido de audi�ncia            urgente para abordar este problema dos atrasos e, Também, v�rios dos            aspectos do PDR. A        PRESID�NCIA PORTUGUESA DA UE Portugal        e o Governo Portugu�s em particular v�o estar na �Presid�ncia� da        UE de Julho a Dezembro deste ano, envolvidos no chamado �Programa para        18 meses das Presid�ncias Alem�, Portuguesa e Eslovena�.  Nesse        período, ainda se estar� a consolidar muitas das disposi��es mais        concretas do PDR e, Também, do QREN, Quadro de Refer�ncia Estratégico        Nacional.  Ao        mesmo tempo, a UE quer apressar decis�es da maior import�ncia sobre a        PAC e, em particular, sobre as reformas de várias OCM�s, organizações        Comuns de Mercado (Vinho; Frutas e Hort�colas; Leite/Lactic�nios). Isto        sem esquecer, mesmo, uma pr�xima reforma (antecipada) da PAC globalmente        considerada.  Sempre        com o objectivo de �cortar� despesas or�amentais comunitárias em        princ�pio destinadas � Agricultura, mas no quadro de uma ainda maior        liberaliza��o das trocas agro-comerciais no ambito da OMC,        Organiza��o Mundial do Com�rcio e de m�ltiplos acordos �bi-laterais�        da UE com países terceiros.  CNA        lan�a desde j� um apelo aos orgãos de Soberania Nacionais e ao Governo        em primeiro lugar, a outras organizações e Entidades interessadas, para        que se defina, rapidamente, um plano de converg�ncia para objectivos        estratégicos, de forma a Também assim potenciar a capacidade negocial do        nosso Pa�s e melhor defender o interesse nacional.  Tendo        em conta o sector e a participa��o mais activa dos Agricultores        Portugueses, a CNA prop�e que as aten��es do Movimento Associativo        Agro-Rural Também se concentrem nas datas previstas para as reuni�es, em        Portugal, do Conselho de Ministros da Agricultura e, mesmo, das �Cimeiras�        de Primeiros-Ministros e Chefes de Estado da  União Europeia.  Coimbra,        23 de Janeiro de 2007  A        Direc��o Nacional da CNA                     
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