Em Trás-os-Montes, cerca de 90% do amendoal é tradicional e sobretudo de sequeiro com um nível produtivo muito baixo, comparativamente ao amendoal de regadio.
Com a constante redução do preço da amêndoa no mercado, a penalização é ainda mais acentuada, pelo que a solução para valorizar o produto passa pela certificação biológica.
O problema é que essa certificação é extremamente difícil de obter em Portugal. “Por questões aparentemente naturais, e não por culpa dos produtores, aparece uma substância, que se chama ácido fosfónico, que tem levado a que a certificação dessas amêndoas, onde a substância aparece, seja em níveis baixos ou um pouco mais altos, não seja possível em Portugal, enquanto em Espanha, Itália e outros países, com esses valores, já certificam, o que está a colocar o país numa concorrência desleal para com outros da Europa”, afirma Albino Bento.
“Mercados com o francês e o alemão aceitam com ácido fosfónico 10 vezes superior àquilo que aqui é rejeitado”, refere, acrescentando que “ainda ninguém sabe a origem do ácido e a própria Autoridade de Segurança Alimentar Europeia considera que o ácido fosfónico não tem implicações para a saúde pública”.
A amêndoa biológica é paga pelo dobro do preço […]
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